
Vitor Belarmino, o influencer que matou atropelado o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, na orla do Recreio, no Rio, em julho, na noite em que Fábio havia se casado, ficou foragido por 10 meses.
Não precisava ter ficado. Belarmino negou socorro à vitima, fugiu e finalmente se apresentou à polícia na semana passada. Mas ficou apenas 11 dias preso e foi liberado.
Belarmino é rico, tem milhões de seguidores, é dono de carros de luxo. Foi com um deles, a 109 quilômetros por hora, que matou o fisioterapeuta. Está solto. Deve estar pensando: por que se escondeu durante 10 meses?

A juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 1ª Vara Criminal do Rio, entende que basta ao atropelador cumprir algumas medidas cautelares e ficar sem dirigir.
E não pode frequentar casas noturnas no período de 22h às 6h e nem se aproximar da viúva, Bruna Kikuda, que domingo passado deu entrevista ao Fantástico comemorando a prisão e dizendo que a Justiça finalmente estava sendo feita.
Influencers são a nova elite. Que seus privilégios sejam respeitados, mesmos os dos atropeladores que dirigem em alta velocidade, matam, fogem e reaparecem 10 meses depois.
(Não perguntem se o sujeito usará tornozeleira eletrônica. Não usará. Pra quê? Se ele se apresentou, se tem bons antecedentes e se não vai fugir outra vez? Amanhã estará nas redes de novo.)