Em quatro décadas, os benefícios previdenciários cresceram quase o dobro do PIB. A reforma de 2019 conteve parcialmente a maré, mas seus efeitos já mostram limites. As aposentadorias femininas urbanas, que subiam 6,4% ao ano antes da mudança, desaceleraram para 4,2%. As por tempo de contribuição, de ambos os sexos, caíram de 4,2% para 1,6%. Mas esse freio é passageiro: quem entra hoje no mercado só se aposenta daqui a 40 anos, quando as regras atuais terão perdido eficácia. O país voltará à encruzilhada — nova reforma ou insolvência fiscal. O problema é estrutural e, mais cedo ou mais tarde, será empurrada para cima da população com idade mínima maior ou redução nos benefícios. O setor público, blindado, permanece intocado. No Brasil, a “cidadania previdenciária” ainda se confunde com privilégio. (Foto/reprodução internet)

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Last Update: 23/08/2025