São dois temas completamente divergentes, mas surpreendentemente se entrelaçam, ao considerar a fonte comum de financiamento e a prioridade (ou falta dela) que o governo federal dispensa com eles. De um lado, temos a reforma da Previdência, que periodicamente altera a proteção social de milhares de trabalhadores, um sacrifício coletivo em prol das contas públicas e da sustentabilidade do sistema previdenciário. Do outro, os gastos com nossos políticos, representados pelas emendas parlamentares e pelos fundos partidário e eleitoral.
São receitas que sustentam nossos políticos em nome da democracia brasileira, mas golpeiam os cofres públicos.
Tanto a democracia como a saúde financeira da Previdência Social são bens coletivos e intangíveis do brasileiro. O ponto em comum entre eles, além de sofrerem ingerência política, é que o Tesouro Nacional nutre ambos.
Fonte: Folha de SP