A chuva de meteoros Geminídeas, considerada uma das mais intensas do ano, atingirá seu pico entre a noite de sexta-feira (13) e a madrugada de sábado (14).
O fenômeno, ativo desde o dia 4, terá sua visibilidade reduzida devido à presença da Lua cheia, que estará com mais de 90% de iluminação durante o período de maior atividade. Segundo o Observatório Nacional, essa condição pode dificultar a observação dos meteoros mais fracos.
“A luminosidade lunar atrapalha muito a observação dos meteoros mais fracos, então ficamos restritos aos mais brilhantes e aos bólidos”, explicou Luís Carlos, astrônomo e coordenador do Projeto Estrelas, organização sem fins lucrativos dedicada ao estudo e monitoramento de meteoros, que também é parceira do Observatório Nacional. Apesar disso, ele destacou que será possível observar um bom número de meteoros, desde que o céu esteja limpo.
Outro fator que pode dificultar a visualização é a posição do radiante, o ponto de origem dos meteoros, que estará mais baixo no céu em relação ao hemisfério sul. Mesmo assim, as regiões Norte e Nordeste do Brasil terão uma visão mais privilegiada do fenômeno, se as condições climáticas forem favoráveis.
As Geminídeas são conhecidas por sua intensidade, luminosidade e variedade de cores, e ocorrem anualmente entre os dias 2 e 21 de dezembro. Durante o pico, é possível observar até 150 meteoros por hora, especialmente entre meia-noite e o amanhecer. Este ano, a chuva de meteoros é a penúltima do calendário, sendo seguida pelas Ursidas, cuja atividade máxima está prevista para o dia 23 de dezembro.
Como observar?
Embora as condições de observação não sejam ideais devido à Lua cheia, os meteoros mais brilhantes ainda poderão ser vistos. Os astrônomos recomendam buscar locais com baixa poluição luminosa e direcionar o olhar para longe da Lua para melhorar a experiência. “A melhor visibilidade deve acontecer a partir da 1 da manhã”, destacam os especialistas.
Outra dica é permitir que os olhos se adaptem à escuridão, o que pode levar cerca de 20 minutos. Diferentemente de outros eventos astronômicos, a observação da chuva de meteoros não exige equipamentos como telescópios ou binóculos, tornando o fenômeno acessível a todos que estejam em áreas propícias.
Geminídeas é uma chuva de meteoros anual que ocorre quando a Terra passa através dos detritos deixados pelo asteroide 3200 Phaethon.
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— Viagem ao Passado (@viagempassado) July 13, 2024
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