O governo de Zema cortou 17,5 milhões da cultura. Ao menos nove editais de incentivo à cultura em Minas Gerais, financiados pelo Fundo Estadual de Cultura (FEC), não terão seus valores pagos. Embora a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) tenha lançado 11 editais neste ano, apenas dois foram concluídos e inseridos no orçamento de 2024. A mudança nos prazos, estipulada por decreto da Assembleia Legislativa, cortou os recursos.
Os projetos culturais passam por várias fases, desde a inscrição até a habilitação para receber os valores aprovados. No entanto, nenhum dos editais pendentes atingiu essa última etapa. Caso todos fossem empenhados, R$ 22,5 milhões seriam destinados ao setor cultural, mas, com o atraso, apenas R$ 5 milhões chegarão aos projetos. Ou seja, a situação impacta agentes culturais como Geralda Chaves Soares, que organiza um projeto de história dos índios do Vale do Jequitinhonha.
Geralda, classificada em primeiro lugar no edital Minas Literária, contava com R$ 53 mil para reformar um centro de memória. Sem informações claras sobre os prazos, Geralda já investiu em materiais e serviços, mas agora não sabe se receberá recursos.
O Conselho Estadual de Política Cultural alertou para os riscos da perda de recursos, destacando a importância desses fundos para a diversidade artística e o fortalecimento do setor cultural.
A realidade é que o governo segue sendo inimigo da cultura, defendendo todo tipo de corte e intervenção contra a arte.