O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), defendeu a atuação da Polícia Militar na abordagem agressiva contra adolescentes negros filhos de embaixadores de Burkina Faso, Canadá e Gabão.

Castro negou que o caso, que ocorreu na semana passada em Ipanema, na Zona Sul do Rio, foi um episódio de racismo. “O pessoal ficou falando da questão de racismo, mas havia jovens negros e brancos. Então, se houve algum erro, a Corregedoria está investigando”, disse.

“Quanto mais a gente puder fazer para melhorar a abordagem policial melhor, mas eu não vou crucificar o meu policial”, afirmou. O governador também criticou a atuação do Ministério das Relações Exteriores no caso.

“Eles preferiram botar nota pública antes de saber o que aconteceu. Acho até que isso é uma coisa que a gente tem que tomar cuidado, porque atacar a polícia antes de saber o que aconteceu é muito fácil”, afirmou em uma solenidade da Polícia Militar.

A abordagem aconteceu na última terça-feira. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que uma viatura policial se aproxima dos adolescentes e os agentes descem, com armas em punho, para iniciar a abordagem. Os meninos foram levados para dentro da área cercada do prédio onde entravam.

Segundo a mãe de um dos jovens brasileiros envolvidos, a abordagem violenta ficou restrita aos meninos estrangeiros negros. Ela disse que os garotos foram obrigados a tirar os casacos e mostrar que não carregavam algo próximo da região genital.

Ainda de acordo com o relato, os meninos brasileiros, poupados da violência, disseram aos policiais que se tratavam de filhos de diplomatas estrangeiros e que não falavam português. Os policiais teriam orientado os meninos a não andarem na rua, pois poderiam sofrer nova abordagem.

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Última Atualização: 09/07/2024