O quadro político, e principalmente o eleitoral de 2026, começa a ganhar contornos mais nítidos a partir de amanhã. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, presidida pelo ministro Cristiano Zanin e formada pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia começa a julgar nesta terça-feira a denúncia da PGR contra o chamado “núcleo crucial” da organização criminosa acusada de articular um golpe de Estado no país, que culminou com o movimento de 8 de janeiro. Além de Jair Bolsonaro são acusados os generais Braga Neto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira: o coronel Mauro Cid, que delatou o grupo e ainda Alexandre Ramagem e Anderson Torres. O grupo é acusado da articulação de cinco crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; organização criminosa; dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, cujas penas, somadas, podem chegar a 34 anos. O julgamento de amanhã, previsto para terminar na quarta-feira, vai decidir se a denúncia será aceita e os acusados passarão a réus. O STF planeja, caso a denúncia seja aceita, o julgamento dos réus para o segundo semestre, evitando assim que ele ocorra em ano eleitoral. Entre os juristas a aposta é que todos se tornarão réus e que Bolsonaro ficará inelegível no julgamento final. (foto/reprodução internet)
