O futuro da globalização está em análise

Os incêndios florestais ocorridos na região de Los Angeles foram usados por teóricos da conspiração como mecanismo contra a globalização, por mais absurda que seja tal questionamento.

Em artigo publicado no site Project Syndicate, o professor emérito de Harvard Joseph S. Nye, Jr cita o podcaster Alex Jones, que afirmou que os incêndios eram parte de uma “uma conspiração globalista para travar uma guerra econômica e desindustrializar os Estados Unidos”.

O articulista explica que a visão de Jones reflete a visão comum que associa a “globalização” apenas ao comércio e à migração, mas a questão também engloba interdependências em áreas como saúde e meio ambiente.

“A ironia perversa é que uma América anti-globalista pode acabar limitando as formas benéficas de globalização enquanto amplifica as prejudiciais”, explica o cientista político.

O tema tem sido frequente nos debates políticos dos Estados Unidos. Em seu primeiro mandato, o presidente norte-americano Donald Trump impôs uma série de tarifas sobre itens chineses e renegociou o NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte).

A plataforma que reelegeu Trump incluía tarifas de 10% sobre todas as importações e restrições à imigração – uma política que pode reduzir a interdependência econômica, mas é preciso ter em vista que a globalização não se restringe a temas econômicos.

Segundo o articulista, as políticas podem até modificar aspectos da globalização econômica, mas outras formas de interdependência global continuarão a crescer, como a globalização cultural.

Segundo o articulista, as políticas podem até modificar aspectos da globalização econômica, mas outras formas de interdependência global continuarão a crescer, como a globalização cultural.

“As interdependências de longa distância continuarão sendo um fato da vida enquanto os humanos forem móveis e equipados com tecnologias de comunicação e transporte. Afinal, a globalização econômica abrange séculos, com raízes que remontam a antigas rotas comerciais como a Rota da Seda”, pontua Joseph S. Nye Jr..

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