O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) anunciou que o FGTS alcançou um lucro histórico de R$ 23,4 bilhões em 2023.
Este montante inclui R$ 16,8 bilhões de lucro recorrente, provenientes de retornos de títulos públicos e operações de crédito, além de R$ 6,5 bilhões de ganhos atípicos relacionados à renegociação do Porto Maravilha. Em comparação, o lucro em 2022 foi de R$ 12,1 bilhões.
O conselho está programado para decidir em 6 de agosto como será distribuído o lucro entre os cotistas, seguindo a prática de anos anteriores de alocar quase a totalidade do lucro aos trabalhadores.
A Caixa Econômica Federal, agente operador do FGTS, tem até o dia 31 de agosto para realizar os créditos nas contas, que serão proporcionais ao saldo de cada conta em 31 de dezembro de 2023.
“Esse resultado recorrente é superior à inflação do período, mesmo antes da distribuição dos resultados”, afirmou um representante da Caixa, destacando a sustentabilidade futura desses retornos.
Em 2022, a distribuição dos lucros resultou em uma rentabilidade de 7,09% para o FGTS, superando a inflação do ano, que foi de 5,79%.
Os rendimentos do FGTS provêm principalmente de investimentos em habitação, saneamento, infraestrutura e saúde, além de aplicações em títulos públicos. O resultado também foi impulsionado pelo reequilíbrio do Fundo Imobiliário do Porto Maravilha.
O Conselho Curador do FGTS é formado por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do Governo Federal, sob a presidência do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.