Nos bastidores do PL, a mudança de postura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação à possibilidade de um de seus filhos disputar a Presidência em 2026 tem gerado comentários, conforme informações da colunista Ana Paula, do Globo.
Segundo fontes próximas, o ex-capitão, que até poucos meses rejeitava firmemente a ideia, agora passou a considerar essa possibilidade em conversas reservadas. Essa mudança de posicionamento começou a ser notada recentemente.
Em público, Bolsonaro continua afirmando que será o candidato, mesmo estando inelegível. Porém, seus conselheiros jurídicos já deixaram claro que as chances de reverter sua situação na Justiça Eleitoral são praticamente inexistentes, especialmente com as novas evidências apresentadas pela Polícia Federal no inquérito que o acusa, junto com outras 36 pessoas, de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.
A ideia de colocar um dos filhos de Bolsonaro como cabeça de chapa em 2026 também conta com o apoio do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Em entrevistas, ele sugeriu que Carlos Bolsonaro (PL) seria um possível nome para disputar o Palácio do Planalto.
Entre os aliados, há quem defenda Carlos como o candidato ideal, apontando que ele não tem o mesmo histórico de problemas jurídicos enfrentados pelo senador Luís Bolsonaro (PL), envolvido no caso das rachadinhas, posteriormente arquivado.
Além disso, Carlos é visto como alguém com forte apelo junto à base militante de direita e com laços relevantes com figuras internacionais, como Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos. No entanto, outra ala do partido acredita que Luís, com um perfil mais conciliador e político, seria uma escolha mais estratégica para liderar uma candidatura presidencial.
O PL também tem investido em pesquisas para analisar possíveis cenários eleitorais da direita contra o presidente Lula em 2026. Os levantamentos têm incluído nomes como Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e os governadores Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Ronaldo Caiado e Ratinho Júnior.
Até o momento, os filhos do ex-chefe do Executivo não foram testados nessas sondagens. No entanto, dirigentes do partido estão pressionando para que Carlos e Luís sejam incluídos nas próximas rodadas de pesquisa.
