O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não comentou a prisão do general Braga Netto que, em seu governo, foi ministro da Casa Civil e posteriormente da Defesa. O militar foi preso por obstrução de Justiça no âmbito do inquérito que apura uma tentativa de golpe de estado. A decisão do Supremo Tribunal Federal é assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Bolsonaro fez duas publicações ao longo da tarde em suas redes, nenhuma em referência à prisão do militar que aconteceu no início da manhã no Rio de Janeiro.
Na primeira publicação, Bolsonaro falou sobre possíveis feitos de seu governo para o Programa Nacional de Alimentação Escolar, o Pnae.
Depois, o ex-presidente dedicou uma publicação a um vídeo em que o ex-presidente do BNDES, Gustavo Montezano, fala sobre a condução do banco durante o governo Bolsonaro, junto ao ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. “Autonomia política inigualável”, diz Montezano, no vídeo.
Nos comentários, internautas chegaram a cobrar um posicionamento de Bolsonaro acerca da prisão de seu aliado. Comentários como “tic-tac” são frequentes na publicação, em menção ao indiciamento do ex-presidente no inquérito que apura uma tentativa de golpe de estado para impedir a posse do presidente Lula (PT).
Bolsonaro e Braga Netto estão entre os 40 indiciados pela PF por organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Eventuais denúncias cabem à Procuradoria-Geral da República.