O ex-presidente Jair Bolsonaro negou envolvimento na trama golpista e no plano de militares para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A declaração foi dada após a Polícia Federal identificar sua participação na elaboração de uma minuta.
“Da minha parte, nunca houve discussão de golpe. Se alguém viesse discutir golpe comigo, eu ia falar, ‘tá, tudo bem, e o after day? E o dia seguinte, como é que fica? Como é que fica o mundo perante nós?’”, afirmou Bolsonaro ao desembarcar do Aeroporto Internacional de Brasília nesta segunda (25).
Ele, que foi um dos 37 indiciados pelo plano golpista, afirmou que estudou “todas as medidas possíveis dentro as quatro linhas, dentro a Constituição”, sugerindo que cogitou se manter no poder. O ex-presidente ainda afirmou que o plano golpista “não foi iniciado”.
“Não podemos começar agora a querer punir o crime de opinião, ou o crime de pensamento”, prosseguiu. Durante a conversa com jornalistas, Bolsonaro ainda demonstrou estar com medo de ir para a cadeia: “Eu posso ser preso ao sair daqui [do aeroporto]”.
Apesar de negar participação no esquema, o ex-presidente foi citado pelo general Mário Fernandes, um dos presos por planejar o assassinato de Lula, Alckmin e Moraes, em um áudio obtido pela Polícia Federal. Na gravação, ele celebra que Bolsonaro aceitou “assessoramento” de militares golpistas.
Bolsonaro e seus 36 aliados foram indiciados por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa na última quinta (21). Segundo a Polícia Federal, eles participaram “de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente no poder”.
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