Precisamos estar vigilantes e solidários para defendermos juntos o Estado democrático de direito”. A declaração, em tom de apelo, foi feita pelo vice-presidente Geraldo Alckmin nesta quinta-feira (28), em vídeo exibido em ato virtual do movimento Direitos Já, em resposta ao golpe planejado por bolsonaristas, envolvendo o ex-presidente e militares de alta patente, e a possibilidade de assassinato de Lula, Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O ato também rechaçou a tentativa de anistia que vem sendo tentada pelos bolsonaristas aos golpistas e teve a participação de lideranças de diversos partidos — entre os quais PT, PCdoB, PSB, PSDB, MDB e PSOL — e movimentos sociais. As lideranças condenaram as tentativas de golpe e o plano de assassinato e defenderam a democracia e as instituições.
Manuela Mirella, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), declarou: “a gente reforça a necessidade de punição dos golpistas, tanto da tentativa de golpe do 8 de Janeiro como dos financiadores desse processo”. A dirigente estudantil afirmou, ainda, que a entidade está convocando uma grande mobilização nas ruas no dia 10 de dezembro.
Já Otávio Costa, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), lembrou que ninguém foi punido pelo golpe de 64 e que isso “pesa até hoje”. sobre as recentes investidas golpistas da extrema-direita, salientou: “Quando esse grupo de militares se reúne e ameaça um golpe, quando ameaçam matar um presidente eleito, um vice-presidente eleito, um ministro do Supremo, eles se baseiam numa impunidade que vem lá de longe.”
Nesta sexta-feira (29), durante cerimônia em que foram anunciados financiamentos do BNDES para obras de mobilidade em São Paulo, Alckmin também defendeu a democracia e as relações republicanas entre governantes. Tarcísio de Freitas, governador paulista, e o prefeito da capital, Ricardo Nunes, aliados de Bolsonaro, estavam presentes no evento, mas não se pronunciaram sobre o assunto.