
Em 7 de julho de 2017, um Airbus A320 da Air Canada quase protagonizou a maior tragédia da aviação ao tentar pousar na pista errada no aeroporto de São Francisco, nos EUA.
O voo, que partiu de Toronto com 140 passageiros, deveria aterrissar na pista 28R, mas os pilotos confundiram o trajeto e se alinharam com a pista de táxi, onde quatro aeronaves lotadas aguardavam para decolar. Se o avião tivesse colidido, o impacto poderia ter matado cerca de mil pessoas.
Os pilotos não perceberam o erro até passarem a poucos metros de um dos aviões na pista. O comandante do voo United Airlines 1, que viu a aeronave se aproximar, chegou a perguntar: “Onde esse cara está indo?”. Ao notar a falha, os pilotos da Air Canada realizaram uma arremetida a apenas 18 metros do solo, evitando a colisão por poucos segundos. Após um segundo procedimento de aproximação, o avião pousou sem danos ou feridos.
Uma investigação do NTSB (Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA) apontou que a fadiga dos pilotos e uma falha na programação dos instrumentos foram fatores determinantes no erro. Como a pista 28L estava fechada para obras e com as luzes apagadas, os pilotos confundiram a pista de táxi com a de pouso. A investigação também revelou que o voo foi conduzido visualmente, sem uso do sistema de pouso por instrumentos.
O relatório final recomendou mudanças para evitar novos erros desse tipo, como a instalação de alertas para detectar pousos equivocados em pistas de táxi e melhorias na sinalização de pistas temporariamente fechadas. Além disso, reforçou a necessidade de monitoramento mais rigoroso da fadiga dos tripulantes para evitar falhas humanas críticas.
O caso relembrou o pior desastre da história da aviação, ocorrido em 1977, quando dois Boeings 747 colidiram na pista do aeroporto de Tenerife, na Espanha. Na ocasião, 583 pessoas morreram devido a falhas de comunicação e baixa visibilidade causada por neblina.

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