Na sexta-feira (9), um avião da Voepass caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, matando todas as 62 pessoas a bordo. A Voepass, anteriormente conhecida como Passaredo, foi fundada em 1995 em Ribeirão Preto (SP) por João Luís Felício.
Felício comandou a empresa até 2002, quando passou a gestão para seu filho, João Luís Felício Filho. Após uma série de aquisições e um processo de recuperação judicial, a companhia passou a se chamar Voepass em 2019. O fundador da Passaredo faleceu em outubro de 2023.
João Luís Felício Filho, o atual presidente, adquiriu a MAP Linhas Aéreas em 2019, e a Voepass recebeu 14 slots no aeroporto de Congonhas no mesmo período.
Com a incorporação da MAP, a Voepass obteve 26 slots em Congonhas, o segundo aeroporto mais movimentado do Brasil, atrás apenas de Guarulhos, segundo o Departamento de Controle do Espaço Aéreo.
Em 2021, João Luís Felício Filho vendeu a MAP para a Gol e, no mesmo ano, a Voepass firmou uma parceria estratégica com a Latam, uma das maiores companhias aéreas brasileiras.
Atualmente, a Voepass é dirigida por Eduardo Busch, que começou na empresa como trainee em 2017 e, agora, é o CEO. Busch, apaixonado por aviação, conta com o suporte de um advogado para auxiliar na gestão da companhia.
A tragédia
O avião caiu em um condomínio fechado em Vinhedo (SP), e, apesar da gravidade do acidente, não houve feridos em solo. O Corpo de Bombeiros conseguiu controlar as chamas por volta das 17h15, mas a operação de resgate dos corpos das vítimas se estendeu até a madrugada de sábado (10).
O avião, de prefixo PS-VPB, havia decolado de Cascavel, no Paraná, às 11h46, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, e deveria pousar às 13h50. Essa era a quarta viagem do dia da aeronave turboélice ATR-72, que possui 73 assentos.
🚨 URGENTE:
Esse é o modelo do avião que caiu agora a tarde em Vinhedo, São Paulo!
Informações iniciais dão conta de que a capacidade é de 68 pessoas! pic.twitter.com/tNp6trcCAo
— Jornal do X (@JornaldoX) August 9, 2024
Embora a Voepass considere prematuro determinar a causa exata do acidente, a principal suspeita até agora é a formação de gelo nas asas da aeronave. A empresa reconheceu que o modelo é suscetível ao gelo, e isso está sendo um dos focos das investigações.
A companhia aérea afirmou que a aeronave partiu do Paraná com todas as condições operacionais adequadas para o voo. Os dados finais do voo indicam que, pouco antes da queda, o avião estava a uma altitude de 5.190 metros.