Aqui está o HTML reescrito:
Dia 18 de julho se tornou um novo marco na luta entre o Eixo da Resistência e “Israel”. O Iêmen foi capaz de atingir diretamente a cidade de Telavive, a mais importante cidade de “Israel”, com o seu novo drone, Jafa. Foi um feito militar gigantesco, o mais pobre dos países do Eixo da Resistência foi capaz de atingir “Israel” em uma das zonas mais protegidas do país, por pouco não atingiu diretamente o Consulado dos EUA. É uma demonstração de força enorme dos iemenitas.
O editor do portal The Cradle, Esteban Carrillo, comenta: “o drone iemenita não apenas ultrapassou as defesas aéreas israelenses, mas também ultrapassou a Marinha dos EUA e a Marinha Real do Reino Unido. Ele ultrapassou as defesas aéreas sauditas… ultrapassou a Jordânia, ultrapassou tudo e conseguiu atingir a capital do estado de ocupação israelense”. Ele ainda comentou: “[‘Israel’ está] chamando isso de erro humano. ‘Vimos algo entrar pelo sul, não pensamos que fosse uma ameaça.’ Bem, eles estavam errados”.
Carrilho ainda destacou que a própria imprensa israelense comentou como foi uma derrota militar enorme: “[os jornal israelense] Walla Daily disseram que o incidente do drone prova que a deferência colapsou. o Haaretz está dizendo que esse incidente do drone – é assim que eles continuam chamando – reflete uma nova fase na guerra. O jornal Maariv está dizendo que este é o tiro inicial do Iêmen”.
A história da revolução militar do Iêmen
Em 2022 quando os iemenitas estavam prestes a derrotar a coalização liderada pela Arábia Saudita. O líder da revolução Abdul Malic al-Huti pronunciou um discurso sobre as novas capacidades militares do país: “nosso país fabrica desde armas de infantaria até armas médias, inclusive armas avançadas e de longo alcance”. Ele destacou que “progredir com a industrialização militar é muito mais difícil do que com a civil”.
Além disso, al-Huti criticou a política de países da região de normalizar os laços com Israel, dizendo: “o que os norte-americanos e os britânicos e aqueles que estão com eles estão buscando é provocar uma grande mudança na região em direção a uma lealdade aberta a ‘Israel’”. Na política os iemenitas estava totalmente certos. No avanço militar as bases assentadas em 2022 geraram uma verdadeira revolução militar.
Khalil Nasseralá, um analista do portal The Cradle comenta um dos avanços do Iêmen. Em 25 de junho de 2024 as forças armadas do Iêmen atacaram um navio com um míssil hipersônico: “o ataque das forças armadas alinhadas ao Ansar Alá a um navio israelense com um míssil hipersônico marca uma mudança significativa na dinâmica militar da Ásia Ocidental. Ao contrário dos testes experimentais em alvos estáticos, esta operação demonstrou a capacidade do Iêmen de atingir alvos móveis rapidamente”.
Mísseis hipersônicos, que viajam a velocidades superiores a Mach 5 e possuem manobrabilidade excepcional, são notoriamente difíceis de interceptar para os sistemas de defesa aérea existentes. Essa capacidade introduz um novo nível de ameaça no conflito regional, complicando – e até tornando inúteis – as estratégias de defesa dos adversários do Iêmen.
O Hatem-2 representa uma nova geração de mísseis balísticos iemenitas, apresentando sistemas avançados de orientação inteligente, alta manobrabilidade, velocidades hipersônicas, propulsão a combustível sólido e múltiplas versões com alcances variados. Isso torna o Hatem-2 uma arma formidável, capaz de ataques precisos e rápidos”. Os misseis hipersônicos não são a única novidade no arsenal iemenita. Há o drone Jafa, citado acima, os drones navais que são perigosíssimos para embarcações, e outros tipos de míssil cruzeiro e balístico. Cada novo armamento tem grandes implicações militares e políticas.
As 5 fases da guerra do Iêmen contra o sionismo
O Iêmen entrou ativamente na guerra em apoio à Faixa de Gaza em meados de outubro. No dia 10, al-Huti já havia feito o seu discurso afirmando apoio total aos palestinos. Desde então foram 5 fases da guerra contra o sionismo. A primeira começou com ataques diretos ao território controlado por “Israel”. Nesse momento as dificuldades eram grandes o não houve grandes impactos. Então o Iêmen passou a segunda fase em 14 de novembro, foi esta que deixou os iemenitas famosos no mundo inteiro, a de ataques a navios no Mar Vermelho.
Nesse momento os alvos era os navios ligados à “Israel”, mesmo aqueles comerciais. O mais famoso foi o Galaxy Leader que foi tomado pelos iemenitas no dia 19 de novembro. A terceira fase, que aumentou muito os ataques, foi iniciada em 9 de dezembro, nela todos os navios que se dirigiam aos portos israelenses foram considerados alvos. Ou seja, nesse momento se iniciou de fato o bloqueio marítimo ao porto de Eilat. Esse bloqueio, além de sucesso militar, teve uma vitória política tão grande que o porto de Eilat declarou falência em 2024.
A quarta fase da guerra se iniciou em maio, com a invasão israelense de Rafá. Nela houve 2 avanços: primeiro, agora o mar mediterrâneo se tornou também um alvo dos iemenitas. Assim o raio de assim se tornou os Mares Vermelho e Arábico, os dois mais próximos ao país, o oceano índico e também o Mediterrâneo. Ou seja, todos os portos de “Israel” se tornaram alvos do Iêmen. E segundo, agora qualquer empresa que realize comércio com “Israel” teria todos os seus navios como algo, ou seja, um bloqueio total ao Estado de “Israel”. Nesse momento o Iêmen também começou a realizar operações unificadas com a resistência iraquiana. O Ansar Alá inclusive anunciou a abertura de uma sede na capital iraquiana.
A quinta fase da guerra foi inaugurada com o ataque a Telavive. O portal Al Masira comenta:
“o líder Abdul Malic Bader al-Din al-Huti anunciou a entrada na quinta fase através da operação abençoada de Jafa, confirmando a nova orientação no uso de armas e tecnologias modernas”. “o desenvolvimento do drone Jafa e suas capacidades táticas e técnicas representa um salto qualitativo na capacidade militar do Iêmen”. “a importância do drone Jafa se manifesta na consolidação da equação de dissuasão e no fortalecimento da superioridade militar na luta contra os inimigos”. “o impacto limitado dos bombardeios e agressões dos EUA e seus aliados sobre o povo iemenita confirma sua resiliência e determinação em resistir”.
Ou seja, nessa quinta fase da guerra o Iêmen foi capaz de superar a sua dificuldade na primeira etapa. Se no princípio era difícil atingir Eilat, algo que se tornou fácil posteriormente, agora o Iêmen é capaz de atingir os principais alvos dentro de “Israel”. Se esses ataques forem coordenados com o Hesbolá, com a resistência iraquiana e com o Irã, a sua capacidade destrutiva é enorme. O discurso de al-Huti no domingo (20), mostra que o Iêmen só avançara militarmente contra o sionismo enquanto a guerra em Gaza não acabar.