O dia 1 do governo Trump: “devolver milhões de imigrantes” e “revolução da América”

Ataques à imigração, com decreto de emergência para “mandar milhões e milhões de imigrantes de volta de onde vieram”, a tomada do Canal do Panamá, a “traição” do governo Biden e o que chamou de “restauração e revolução da América” e início da “idade do ouro” dos Estados Unidos. Assim anunciou o primeiro dia de governo de Donald Trump, no que promete ser uma nova política de choque do país.

Ainda nesta segunda-feira (20), Trump assinou diversos atos e decisões presidenciais, como a declaração de imigração ilegal como uma “emergência nacional”, autorizando o uso de verba pública extra do setor militar para a construção do muro na fronteira com o México e o amplo uso da força policial contra imigrantes.

“Eu assinarei hoje diversas ordens executivas históricas e com essas ações vamos começar a total restauração e revolução da América”, afirmou o novo presidente, em seu discurso de posse.

“Primeiramente, eu vou assinar uma declaração de emergência nacional na nossa fronteira sul. Todas as entradas ilegais serão, imediatamente, impedidas e vamos começar um processo de mandar milhões e milhões de imigrantes de volta de onde vieram.”

As palavras foram materializadas logo em seguida, em documento assinado que derruba todas as políticas de imigração adotadas pelo ex-presidente democrata Joe Biden. Minutos depois, uma plataforma digital que ajuda a regularizar a situação migratória e a reduzir as prisões de imigrantes no país, o CBP One, foi retirado do ar.

Todos os agendamentos feitos pelos imigrantes na Alfândega e Proteção de Fronteiras foram derrubados e cancelados. A estimativa, segundo jornais locais, é que cerca de 30 mil pessoas haviam agendado a regularização por meio do serviço, que ocorreria nas próximas 3 semanas.

Ainda sobre o México e a imigração, Trump disse que iria mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América” e se comprometeu a “tomar de volta” o Canal do Panamá, por supostamente não cumprir com “a neutralidade” exigida.

“Navios americanos estão sendo severamente sobrecarregados e não estão sendo tratados de forma justa, e isso inclui a Marinha dos Estados Unidos. E acima de tudo, a China está operando o Canal do Panamá e não o demos à China. Nós o demos [o canal] ao Panamá. E estamos tomando de volta.”

Sobre os decretos assinados, Trump também enfatizou em seu discurso o fim da política verde e um explosivo aceno ao liberalismo econômico.

“A era de ouro dos Estados Unidos começa hoje”, disse Donald Trump, logo na abertura do discurso e com duras críticas ao mandato de seu antecessor, o democrata Joe Biden, no qual chamou de “traição terrível”.

“Tenho o mandato para reverter uma traição terrível e todas essas traições que aconteceram. Vou dar ao povo de novo a sua fé, riqueza, democracia e sua ‘liberdade’”, disse.

“América será novamente respeitada e admirada. Seremos prósperos, seremos orgulhosos, seremos fortes e vamos vencer como jamais visto. Não seremos conquistados, nem intimidados. E não vamos falhar. A partir de hoje, os Estados Unidos da América serão uma nação livre, soberana e independente”, continuou, na conclusão do discurso.

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