Em sua primeira ação como novo membro do Parlamento do Mercosul (Parlasul), o deputado brasileiro Bohn Gass (PT-RS) propôs ao órgão que declare apoio à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, ideia que o presidente Lula apresentou, recentemente, ao G20, grupo das maiores economias do planeta.
“Que o combate à fome seja uma prioridade não apenas no Brasil, mas em todos os Estados-Partes do Mercosul. É possível e desejável que os países-membros adotem políticas públicas eficazes e, porque não, de forma integrada, neste sentido”, afirmou Bohn Gass.
O parlamentar lembrou que o Brasil levou 500 anos para fazer do combate à fome uma prioridade. “Meu país conheceu a riqueza dos engenhos, do ouro, do café, tornou-se independente, aboliu a escravidão e até criou um notável parque produtivo, mas só depois que o povo elegeu um operário foi que a luta contra a fome se tornou prioridade de governo”.
Mapa da Fome
Bohn Gass celebrou o fato de o Brasil ter saído do Mapa da Fome Mundial em 2014, mas lamentou que, com os governos pós-golpe, deixaram, novamente, 33 milhões de brasileiros famintos. “Agora, elegemos Lula novamente e, em pouco mais de um ano, já tiramos 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar. Ainda temos trabalho, mas entendemos que esse compromisso deve ir além das fronteiras brasileiras. É por isso que nosso presidente Lula, que este ano também lidera o G20 e tem protagonismo nos BRICS, está lançando este desafio em nível mundial”, relatou o deputado.
O Brasil, segundo Bohn Gass, quer fazer a sua parte e está disposto a compartilhar com os países do Mercosul, experiências bem-sucedidas como a política de ganho real para o salário mínimo, o Bolsa Família e o Programa de Aquisição e Alimentos.
A proposta de Declaração levada por Bohn Gass ao Parlasul, em seu artigo 5º, diz: “…reconhecer a importância e aprofundar o trabalho desenvolvido pela Frente Parlamentar contra a Fome da América Latina e Caribe, assim como da recém-criada Aliança IberoAmericana e Caribenha pela Segurança Alimentar para Todos e Todas” iniciativas que já contam com o apoio da FAO, órgão das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.
Da Assessoria de Comunicação deputado Bohn Gass