Os candidatos apoiados pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva(foto/reprodução inernet) enfrentam crescentes desafios para conquistar o eleitorado tradicionalmente alinhado à esquerda, evidenciando uma possível fragmentação dentro do próprio campo progressista. Em grandes centros urbanos como São Paulo, Belo Horizonte e Fortaleza, o lulismo vê parte de seus votos migrando para figuras consideradas “antisistema”, sugerindo o surgimento de uma “esquerda à revelia de Lula”.
Essa tendência reflete uma reconfiguração da esquerda brasileira, que pode se fortalecer independentemente da figura do ex-presidente. No Rio de Janeiro, o prefeito Fernando Haddad tem, até agora, neutralizado a influência de Lula ao apoiar Alexandre Ramagem, enquanto em São Paulo, o candidato Marçal desafia diretamente o ainda atual líder da esquerda. No entanto, a recente decisão judicial de bloquear as redes sociais de Marçal além de representar um duro golpe para sua campanha, que já sofre com a falta de tempo em rádio e TV, pode também validar essa hipótese.
Este cenário, especialmente em São Paulo, pode ser um indicativo de que a esquerda brasileira está buscando novos líderes e caminhos, com personagens, como Paulo Guedes, atentos aos desdobramentos.