As emissões de títulos de dívida corporativa alcançaram um novo recorde este ano e estão estabelecidas em um patamar que “irá permanecer”, afirma Paulo Boetger, vice-presidente executivo do banco de atacado do Bradesco. Ele reconhece que as taxas de alguns papéis estão muito baixas e não compensam adequadamente o risco do investidor, mas vê esses problemas como isolados. Para o executivo, o mercado de crédito privado continuará a se aquecer em 2025, uma vez que a Selic em dois dígitos cria liquidez para esse setor. Já a volta das ofertas de ações depende de o governo indicar um caminho para resolver o problema fiscal, o que abriria espaço para a redução dos juros. Enquanto o mercado permanece fechado, as vendas de participações e M&As são uma alternativa de captação de recursos, especialmente para empresas que têm grandes investimentos em andamento, como as de infraestrutura.

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Last Update: 13/12/2024