Erika Hilton, deputada federal pelo PSOL-SP. Foto: reprodução

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) respondeu a uma publicação do rapper Oruam no X, na qual o artista questionava como se “organizar politicamente”. O músico, filho do traficante Marcinho VP, líder do Comando Vermelho (CV), prestou apoio à família de Herus Guimarães Mendes da Conceição, de 24 anos, assassinado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro enquanto participava de uma festa junina na Comunidade do Santo Amaro, no bairro do Catete.

A parlamentar incentivou o músico a se aproximar de movimentos populares e coletivos que combatem o racismo e a violência de Estado no Rio de Janeiro. “Muita gente já te indicou leituras importantes, mas a transformação vem, principalmente, da organização coletiva. Não existe saída individual pra problemas que são estruturais”, escreveu Erika Hilton em sua resposta.

A interação, porém, gerou críticas à deputada por seguidores da esquerda e usuários do X de direita, por motivos diferentes. “Se preparem para a lavada grandona que a esquerda, quase merecidamente, vai levar da extrema-direita”, escreveu um usuário, repreendendo a tentativa de comunicação da “esquerda cirandeira”.

Simplesmente patética essa tentativa de querer transformar um herdeiro do tráfico, que tem tatuado o rosto do tio, Elias Maluco, assassino do jornalista Tim Lopes (homem negro, diga de passagem), em agenda política”, explicou outro tuiteiro ao compartilhar a ideia de Erika Hilton.

“O que a esquerda brasileira se tornou? O tanto que vão usar esse tweet para conseguir votos para a direita. O cara literalmente é homofóbico, defende a soltura de um assassino e fez apologia ao estupro”, escreveu uma seguidora sobre o rapper, que é amigo pessoal de Neymar.

A apologia ao estupro feita por Oruam foi contra a vereadora de São Paulo Amanda Vetorazzo (União Brasil), ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), que propôs um Projeto de Lei contra o rapper, argumentando que ele faz propaganda do crime organizado e, por isso, a Prefeitura da capital não poderia contratá-lo para shows públicos.

Já na direita, as críticas um tanto mais rasas limitaram-se a comparar a parlamentar com Carla Zambelli (PL), que fugiu do Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Os seguidores de Jair Bolsonaro (PL), que acusam a foragida de dar vitória a Lula em 2022, resgataram um meme de Zambelli com orelhas de burro e com a frase “tive uma ideia”. “Imagina fazer um post sinalizando para o seu público e o seu público ficar contra você?”, ironizou uma usuária.

Veja a repercussão:

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Last Update: 09/06/2025