O governo federal divulgou, na quarta-feira 28, a indicação de Gabriel Galípolo como substituto de Roberto Campos Neto no comando do Banco Central. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de acordo com a indicação do presidente Lula.
Para ser oficializado no cargo, a indicação do economista precisa ser aprovada pelo Senado Federal. Galípolo passará por sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, presidida por Vanderlan Cardoso.
A comissão vota pela admissão ou não do indicado. Para ser aprovado, ele precisa de maioria simples dos 26 membros da CAE. Em seguida, terá de ser chancelado pelo plenário da Casa, precisando de votos da maioria simples dos 81 senadores.
O governo também precisará indicar outros três nomes para compor diretorias do Banco Central, que devem seguir o mesmo rito para serem aprovados.
Uma das cadeiras vagas será a do próprio Galípolo, que, caso aprovado à presidência do BC, deixará o cargo de diretor de Política Monetária. Outras duas vagas serão abertas por conta do fim de outros mandatos: dos diretores de Regulação, Otávio Ribeiro Damaso, e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Carolina de Assis Barros.
O senador Vanderlan Cardoso declarou que não foi procurado pelo governo sobre as sabatinas dos indicados ao Banco Central e minimizou a “pressa” para a realização das etapas. Membros do governo defendem antecipar a sabatina para dar previsibilidade ao mercado e à instituição.
Cardoso defendeu que a sabatina deve ser realizada antes do fim do mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que acaba em dezembro, mas não garantiu que isso ocorra antes das eleições municipais, em outubro.
“Eu acho até que a sabatina tem que ser antes do fim do mandato [de Campos Neto]. Mas não sei por que essa pressa. Se tiver mesmo com pressa. Se até agora não foi comunicado nada, é porque não está tendo pressa. Não vejo motivo também para sair de uma hora para outra e querer sabatinar de qualquer maneira”, declarou.
