O presidente Lula e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Foto: Reprodução

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, exaltou o governo Lula prelo crescimento do país em seu terceiro mandato e afirmou que “quem apostar contra esse novo Brasil que está ressurgindo irá perder”.

Em artigo publicado nesta quinta (9) na Folha de S.Paulo, ele afirma que o Brasil voltou a inspirar o mundo como um exemplo de combate à pobreza e desenvolvimento econômico após “um longo retrocesso” com o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff e o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Leia trechos:

Em novembro de 2007, no primeiro ano do segundo governo Lula, publiquei um artigo nesta Folha intitulado “Eles estão chegando”. Eles quem? Eles, os pobres, os miseráveis, os excluídos de oportunidades e direitos. Eles, os invisíveis.

(…) Após um longo retrocesso causado pelo golpe, pelo predomínio de uma agenda política francamente reacionária e por um governo de tintes nazistoides, aquele processo libertador e virtuoso se repete, agora, no terceiro governo Lula.

Democraticamente, o Brasil se levantou, sacudiu a poeira e o mofo de uma agenda antipopular e autoritária, derrotou a tentativa de golpe, reafirmou o Estado de Direito e “deu a volta por cima”.

Eles e elas estão voltando. Eles estão voltando a sair da pobreza e da miséria. As taxas de desigualdade, desemprego e pobreza do país estão entre as menores da história. Com efeito, a pobreza e a extrema pobreza no Brasil registraram, em 2023, os menores índices da série histórica iniciada em 2012, conforme o IBGE. Pela primeira vez, a extrema pobreza ficou abaixo de 5%, caindo para 4,4%, o que representa 9,5 milhões de pessoas. Eles estão voltando à saciedade. Saindo da fome de novo.

(…) Apenas em 2023, cerca de 13 milhões de pessoas saíram da condição de fome no Brasil, o que representa uma redução de mais de 30% da insegurança alimentar total do país. Em muito breve, o Brasil deverá sair, novamente, do Mapa da Fome da ONU.

Eles estão voltando ao emprego. A taxa de desemprego no terceiro governo Lula caiu para apenas 6,1%, a menor da nova série histórica do IBGE. Hoje, temos também a maior quantidade de trabalhadores ocupados. A massa salarial também atingiu um recorde histórico, de R$ 332,7 bilhões.

(…) Com Lula, rumamos para deixar de ser apenas o maior produtor-exportador de alimentos e estamos revertendo a primarização da nossa economia. Avançamos para oferecer empregos de qualidade e renda mais elevada para a população.

De fato, eles estão voltando também à renda e ao consumo. Com a volta do emprego, a valorização do salário mínimo e o fortalecimento de programas sociais, como o Novo Bolsa Família, eles estão voltando a constituir um amplo mercado interno de consumo de massa, aquecendo muito as vendas do nosso comércio.

(…) A inflação, apesar da campanha de pânico introduzida pelos interessados no rentismo imoderado, está sob controle. O IPCA deve ser de 4,9% em 2024 e cair, segundo as projeções do Banco Central, para 4,5% em 2025. A inflação não voltou, apesar do impacto das inundações no sul e da seca histórica no Centro-Oeste e no Norte.

Não há gastança nem descontrole. O governo Lula herdou um pesado passivo fiscal de um governo negacionista que nunca cumpriu o teto de gastos e promoveu um populismo fiscal eleitoral sem precedentes na história do país. O déficit do governo anterior, em valores correntes, foi de R$ 88,9 bilhões em 2019, R$ 745,3 bilhões em 2020 e R$ 35,9 bilhões em 2021 —em 2022, houve um superávit maquiado de R$ 54,9 bilhões, decorrente do calote nos precatórios, de R$ 95 bi, e no ICMS dos estados, de R$ 80 bi.

A equipe econômica de Fernando Haddad tem feito um trabalho incansável para recuperar as finanças públicas e reduzir o ritmo de expansão dos gastos obrigatórios para preservar os investimentos públicos, com resultados muito expressivos e promissores.

(…) O que há é uma intolerância ideológica e uma campanha política para tirar os pobres de Orçamento e manter privilégios inaceitáveis. Tirar os pobres e continuar a eximir os ricos dos devidos impostos. Tirar os pobres e manter um rentismo injustificável e incapaz de promover o desenvolvimento. Tirar os pobres e investir na “parlamentarizarão” opaca e ineficiente da gestão orçamentária. Essas são questões fundamentais que o país e sua democracia têm de decidir.

Mas quem apostar contra esse novo Brasil que está ressurgindo irá perder. Quem assim o faz está do lado errado da história e na contramão das tendências mundiais, que apostam no combate às assimetrias econômicas e sociais, no controle do rentismo financeiro e em um novo e dinâmico papel do Estado na economia, com sustentabilidade ambiental e enfrentamento da crise climática.

(…) Quando a esperança volta, o ódio, o grande inimigo atual da democracia, some. Lula, pouco antes de assumir seu terceiro mandato, disse ao mundo que o Brasil tinha voltado.

De fato, o Brasil voltou. Voltou para inspirar o planeta com seu exemplo de solidariedade, de justiça social, de combate à pobreza e à fome, de busca do equilíbrio ambiental e de paz. Mas o Brasil voltou porque eles estão voltando.

O Brasil voltou porque o povo brasileiro voltou. Voltou ao lugar que lhe cabe no país e na história e, desta vez, não podemos retroceder. Eles estão voltando para ficar.

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Last Update: 09/01/2025