Em 2024, o presidente Lula não perdia a oportunidade de falar que o PIB (Produto Interno Bruto), que é a soma de todas as riquezas produzidas no país, surpreenderia a todos. Fato é que o crescimento econômico se concretizou com alta de 2,9%, contrariando as previsões iniciais – e pessimistas – encapadas pelo Boletim Focus do Banco Central, que reúne as expectativas do mercado financeiro. Neste ano de 2024, algo similar acontece, com sucessivas correções para cima.
No ano passado, as revisões também foram constantes, mês a mês, até que o Boletim se ajustou à realidade inegável dos fatos, pois com um governo que realmente trabalha a economia voltou a se desenvolver, mesmo em um cenário de terra arrasada deixada pela gestão Bolsonaro.
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A “sorte”, em tom de ironia, a qual o presidente se referia sobre as correções constantes para cima foram reflexo do trabalho de reconstrução. Para se ter uma ideia, o boletim Focus do início daquele ano, em 13 de janeiro, apontava para um PIB em 2023 de 0,77% – como se sabe, ficou em 2,9% (um valor de R$ 10,9 trilhões).
Agora chegou 2024 e novas revisões marcam a toada do mercado. No Boletim Focus de 5 de janeiro a previsão era de que o ano fecharia com crescimento de 1,59%. No entanto, na última revisão divulgada nesta segunda-feira (26), o boletim do BC já atualizou a expectativa para o PIB, que está em 2,43%. No documento da semana anterior o dado econômico estava em 2,23% e há um mês em 2,19%.
Tudo leva a crer que um resultado próximo ou igual ao de 2023 será alcançado. Portanto, devemos ter novas correções ao longo dos meses.
Próximos anos
Para 2025, a previsão trazida pelo mercado é de expectativa de crescimento de 1,86%. Em 2026, o PIB estimado fica em 2%, assim como para 2027.
Apesar desses valores já colocados, com as constantes revisões no curto prazo fica a dúvida se dados tão longínquos para cenários tão dinâmicos trazem algo para além da especulação.
Selic, Inflação e dólar
Quanto à taxa básica de juros (Selic), em 2024, a previsão segue a mesma por dez semanas consecutivas com manutenção do exorbitante patamar de 10,5% (ao ano) mantido pelo Banco Central. Este patamar é defendido de forma ferrenha pelo presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto.
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Para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) houve leve aumento. Há quatro semanas a projeção era de 4,1%, há uma semana era de 4,22% e agora está em 4,25%.
Com o centro da meta inflacionária em 3%, a estimativa fica dentro do limite superior de 4,5% – o inferior é 1,5%.
Para o câmbio o mercado indica que o ano terminará com o dólar estadunidense ao valor de R$ 5,32.