A despeito do pessimismo generalizado, os números demonstram que o Brasil, sob o governo Lula, está em franca recuperação. A economia brasileira não para de dar sinais de plena recuperação. O cenário positivo, com a reconstrução do País iniciada em 2023, atrai interesse tanto de investidores como de profissionais estrangeiros de diferentes áreas.
Em maio, um boletim da OCDE anunciou que o Brasil foi o 2º principal destino para os investimentos estrangeiros diretos em todo o mundo em 2023, perdendo só para os Estados Unidos. Entraram no Brasil, no ano passado, US$ 64 bilhões em investimentos diretos. Só em março deste ano, foram mais de US$ 9,6 bilhões.
Outro dado relevante é o aumento do número de pedidos de autorização de residência de estrangeiros para trabalho e investimento no País. No primeiro semestre de 2024, foram 20.085 solicitações, 23% a mais que o mesmo período do ano anterior. Esse movimento aponta o Brasil como porto seguro para a realização de oportunidades profissionais e de negócios.
O aumento do número de vistos de trabalho levou o Ministério da Justiça e Segurança Pública a montar força-tarefa para tratar do tema. O objetivo é reduzir o tempo de análise dos requerimentos, passando de 80 dias para apenas 20 dias.
Os estados mais procurados pelos imigrantes são Rio de Janeiro e São Paulo, polos econômicos que continuam a atrair a maior parte dos profissionais e investidores estrangeiros, somando 76,2% dos requerimentos. Mas Paraná, Minas Gerais e Bahia apresentaram igualmente números significativos, indicando uma distribuição mais ampla dos interesses externos.
Além dos pedidos de residência, o Ministério da Justiça também registrou uma grande quantidade de processos de naturalização. No primeiro semestre de 2024, foram 7.260 demandas, das quais 3.737 concedidas. Os números demonstram um desejo de integração com o Brasil não apenas para trabalhar, mas para fazer parte de uma nação historicamente aberta a receber migrantes.
Afora o aumento de pedidos de residência e do volume de investimentos externos, o fluxo turístico mostra também incremento do interesse de estrangeiros pelo Brasil, que no governo anterior tinha se tornado um pária mundial. O gasto de turistas estrangeiros durante o primeiro trimestre deste ano registrou o maior valor da série histórica, iniciada em 1995. Ao todo, foram deixados no país cerca de R$ 10,45 bilhões no período. O valor também é 21,3% maior que o registrado nos primeiros três meses de 2023, quando os visitantes deixaram R$ 8,63 bilhões nos destinos brasileiros.
Outro dado importante: as fábricas brasileiras estão voltando a produzir a pleno vapor. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) informou que a produção da indústria brasileira cresceu 1,7% no primeiro trimestre, na comparação com igual período de 2023, acima da média mundial (1,4%). Assim, o Brasil voltou ao “top 50″ global, no 45º lugar entre 116 países analisados.
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O crescimento da produção industrial nacional – uma das metas do governo Lula – é robusto, mas poderia ser maior, se não houvesse a política de juros altos do Banco Central, a segunda maior taxa mundial. O BC age desalinhado à agenda desenvolvimentista do governo, na contramão dos interesses nacionais, prejudicando a sociedade como um todo, em benefício de especuladores e rentistas.
Taxas de juros civilizadas significam facilidade para as empresas tomar empréstimos, investir e ter capital de giro, enquanto, para o consumidor, estímulo ao consumo e, consequentemente, incremento da produção industrial, gerando um ciclo virtuoso na economia.
Independentemente da questão dos juros, a constatação óbvia é de que quem torcer contra o nosso país vai perder a aposta. O Brasil, neste ano, deve tornar-se a 8ª maior economia mundial, segundo o próprio Fundo Monetário Internacional. Contrariando o “mercado”, assim como ocorreu no ano passado, o governo aposta no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de pelo menos 2,5% para 2024.
As boas notícias chegam e desmentem os especuladores e sinistros espalhadores de pessimismo, que agem por motivos políticos, econômicos e ideológicos. O Brasil voltou, com mais oportunidades para todos, justiça social e sustentabilidade ambiental.
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Zeca Dirceu é deputado federal (PT-PR).