A seleção brasileira feminina de futebol alcançou um marco histórico nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 ao conquistar a medalha de prata, encerrando um jejum de 16 anos sem subir ao pódio olímpico. Em uma final acirrada no Parc des Princes contra os Estados Unidos neste sábado (10), as brasileiras não conseguiram superar o histórico rival, sendo derrotadas por 1 a 0. Esta foi a terceira vez que o Brasil enfrentou os EUA em uma final olímpica, e, novamente, as norte-americanas levaram a melhor.

A campanha brasileira foi surpreendente e superou as expectativas, especialmente diante das dificuldades enfrentadas, como lesões recorrentes e a ausência de Marta nas quartas de final e semifinal, devido à suspensão. O time, que cresceu nos mata-matas, eliminou adversários fortes como a França e a atual campeã mundial, Espanha, mostrando resiliência e determinação.

No entanto, a final contra o time norte-americano, que já havia derrotado o Brasil nas decisões de Atenas 2004 e Pequim 2008, seguiu o roteiro de decepção para as brasileiras. O primeiro tempo foi dominado pela equipe de Arthur Elias, que criou boas chances e mostrou a melhor versão do Brasil na competição. Ludmila teve a chance de abrir o placar logo aos 2 minutos, mas parou nas mãos da goleira Alyssa Naeher, que se destacou como um dos pilares da defesa americana.

O segundo tempo, contudo, trouxe uma mudança no ritmo da partida. Os Estados Unidos voltaram melhor e, aos 12 minutos, em um contra-ataque rápido, Mallory Swanson marcou o gol que garantiu o quinto ouro olímpico para as americanas. Este triunfo consagra ainda mais a hegemonia dos Estados Unidos no futebol feminino, que já acumulam quatro ouros anteriores (Atlanta 1996, Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012), além de uma prata e um bronze.

Seleção repete o melhor resultado da história do futebol feminino | Foto: Alexandre Loureiro/COB

Apesar da derrota, a campanha feita seleção feminina é motivo de orgulho e comemoração. A conquista da prata fortalece o futebol feminino no país e traz uma energia positiva para a preparação da Copa do Mundo de 2027, sediada no Brasil. O desempenho inesperado serve como um incentivo poderoso para a construção de um time ainda mais forte no futuro.

A final também pode ter marcado a despedida de Marta dos Jogos Olímpicos, em sua sexta participação. A camisa 10, que começou a partida no banco, entrou em campo aos 16 minutos do segundo tempo, mas não conseguiu evitar o revés. Aos 38 anos, Marta, que foi eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, leva pra casa três medalhas de prata olímpicas. Ela é a única jogadora de futebol do país com esse recorde.

Desempenho do futebol feminino brasileiro nos jogos olímpicos

O start da seleção brasileira em Paris começou com uma vitória por 1 a 0 sobre a Nigéria, seguida de uma derrota por 2 a 1 para o Japão, nos acréscimos da segunda rodada. A derrota de 2 x 0 para a Espanha, com a expulsão de Marta, colocou a equipe em uma situação complicada, avançando como o segundo melhor terceiro colocado.

Nas quartas, o Brasil superou a França com um gol no final da partida, em um jogo que ficou marcado pelos extensos acréscimos, totalizando 25 minutos. Na semifinal, o Brasil vingou a derrota na fase de grupos contra a Espanha e dominou o jogou vencendo por 4 a 2 em outra partida marcada por longos acréscimos, mas que garantiu uma vaga na final após 16 anos.

Com a prata conquistada em Paris 2024, a seleção brasileira feminina de futebol reforça seu papel de destaque no cenário internacional e mantém viva a esperança de finalmente conquistar o ouro olímpico no futuro.

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com COB

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Última Atualização: 10/08/2024