Wagner Moura no filme “O Agente Secreto”. Foto: reprodução

O filme brasileiro “O Agente Secreto”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, foi premiado neste sábado (24) pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica (Fipresci), uma organização formada por críticos de cinema, no Festival de Cannes. O longa, que também concorre à Palma de Ouro, foi elogiado pela crítica internacional por sua narrativa épica e abordagem sobre o período da ditadura militar no Brasil.

Em publicação no Instagram, a Fipresci descreveu o filme como “uma obra com generosidade novelística e épica”, destacando sua capacidade de misturar humor, digressões e personagens marcantes para retratar “uma história rica, estranha e profundamente perturbadora de corrupção e opressão”.

A organização ainda ressaltou que a produção “cria suas próprias regras” e funciona como “um veículo de memória” do Brasil em 1977.

O Agente Secreto

Ambientado nos anos 1970, “O Agente Secreto” acompanha Marcelo, interpretado por Wagner Moura, um professor universitário que retorna a Recife para reencontrar seu filho caçula, mesmo sob os riscos impostos pelo regime militar. O filme estreou no festival com cerca de 15 minutos de aplausos, segundo relato da jornalista Jada Yuan, do Washington Post.

A crítica internacional tem destacado a atuação de Moura e a ousadia da produção. O The Guardian, descreveu o longa como “um filme de caráter” e “uma plataforma para uma produção cinematográfica emocionante e ousada”, além de classificar a obra como favorita para o principal prêmio em Cannes.

Esta é a terceira vez que Kleber Mendonça Filho concorre à Palma de Ouro. Seus trabalhos anteriores, “Bacurau” (2019) e “Aquarius” (2016), também foram aclamados no festival, com “Bacurau” conquistando o Prêmio do Júri.

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 24/05/2025