Um relatório preliminar da inteligência dos Estados Unidos indica que o bombardeio norte-americano não destruiu por completo as instalações nucleares do Irã e pode ter atrasado o programa nuclear de Teerã em menos de seis meses. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times, com base no documento confidencial da Agência de Inteligência de Defesa.

A avaliação é inicial e pode mudar, mas sinaliza que o ataque do último sábado 21 não provocou o colapso das instalações subterrâneas — embora tenha isolado as entradas de dois dos alvos. Essa impressão contrasta com o tom triunfalista do presidente Donald Trump, para quem o bombardeio “obliterou” as estruturas de Fordo, Natanz e Isfahan.

O relatório ainda aponta que o Irã transferiu grande parte do estoque de urânio enriquecido antes do bombardeio. Autoridades de Israel também disseram acreditar que os iranianos mantêm pequenas instalações secretas de enriquecimento, construídas para avançar em seu programa nuclear em caso de um ataque aos principais equipamentos.

Antes do ataque, agências de inteligência dos Estados Unidos sustentavam que o Irã levaria cerca de três meses se tentasse se apressar para fabricar uma bomba. Após o bombardeio norte-americano e os 12 dias de ataques israelenses, o relatório da Agência de Inteligência de Defesa projetou que o atraso ao programa seria de menos de seis meses.

A Casa Branca criticou a avaliação. Segundo a porta-voz Karoline Leavitt, a informação está “completamente errada”.

“O vazamento é uma clara tentativa de rebaixar o presidente Trump e desacreditar os corajosos pilotos que conduziram uma missão perfeitamente executada para destruir o programa nuclear do Irã”, alegou. “Todos sabem o que acontece quando se lançam 14 bombas de 13.600 kg perfeitamente sobre seus alvos: destruição total.”

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Last Update: 24/06/2025