O prefeito Ricardo Nunes (MDB) exonerou, na quarta-feira 29, o policial militar Raphael Alves Mendonça, investigado pela Corregedoria da PM por supostamente participar de uma rede de informantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) dentro da corporação.
O PM atuava na escolta do prefeito, conforme confirmou a Prefeitura, em nota. A gestão municipal confirmou, ainda, que de junho de 2024 a janeiro de 2025 também trabalhou na Assessoria Policial Militar da Prefeitura.
“A Prefeitura de São Paulo informa que o policial militar trabalhou na Assessoria Policial Militar da Prefeitura de junho de 2024 a janeiro de 2025 em funções administrativas e, eventualmente, fez a escolta do prefeito em substituição a outros policiais militares que se encontravam em fruição de afastamentos regulares. Importante destacar que a seleção e movimentação desses profissionais são de responsabilidade da Polícia Militar”, informou.
Além de cessar a designação do PM como integrante da Assessoria Policial Militar do Gabinete do Prefeito, o pedido de exoneração também cancela a gratificação que o policial recebia por ocupar o posto. O valor recebido era de 7.560 reais mensais.
Antes de fazer parte da equipe do prefeito, Mendonça atuou como chefe da Agência de Inteligência da Rota entre janeiro de 2016 e setembro de 2022, período em que a infiltração da facção criminosa na corporação teria ocorrido, segundo as investigações.
Segundo informações do Metrópoles, os traficantes do PCC pagavam uma mensalidade de 600 mil reais para os policiais da Rota em troca dos vazamentos de informações sigilosas sobre operações e movimentações de viaturas. O esquema teria sido coordenado por Mendonça, com o apoio de pelo menos quatro subordinados. O esquema teria beneficiado algumas das principais lideranças do PCC, como Silvio Luiz Ferreira, o Cebola, e Marcos Roberto Almeida, mais conhecido como Tuta, então número um da facção fora do sistema carcerário.