A disputa eleitoral pela prefeitura de São Paulo tem, neste momento, três candidatos tecnicamente empatados na liderança, segundo a nova pesquisa Quaest, divulgada nesta terça-feira.
O atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) é quem aparece na dianteira numérica, com 20% das intenções de voto, mas é seguido de perto por Guilherme Boulos (PSOL) e José Luiz Datena (PSDB), que têm 19%.
Os três estão isolados na disputa, já que o quarto lugar, ocupado pelo coach Pablo Marçal (PRTB), soma apenas 12%. A lista desse cenário principal monitorado pela Quaest é fechada por Tabata Amaral (PSB), com 5%; Kim Kataguiri (União Brasil), 3%; Marina Helena (Novo), 3%; Altino (PSTU), que tem 1%; e Ricardo Senese (UP), 1%. Os demais candidatos não pontuam.
Esse cenário, quando comparado ao levantamento anterior, de junho, revela leve desidratação de Nunes e Boulos com a chegada de Datena. Enquanto o prefeito e o deputado viram seus grupos de apoiadores encolher 2 pontos percentuais, o apresentador ganhou 2% a mais de apoiadores.
A Quaest ainda monitorou outros quatro cenários eleitorais na cidade.
Cenário 2
- Ricardo Nunes (MDB): 21%
- Datena (PSDB): 19%
- Guilherme Boulos (PSOL): 19%
- Pablo Marçal (PRTB): 13%
- Tabata Amaral (PSB): 6%
- Kim Kataguiri (União Brasil): 2%
- Marina Helena (Novo): 4%
- Indecisos: 8%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 8%
Cenário 3
- Ricardo Nunes (MDB): 24%
- Guilherme Boulos (PSOL): 22%
- Pablo Marçal (PRTB): 15%
- Tabata Amaral (PSB): 8%
- Kim Kataguiri (União Brasil): 3%
- Marina Helena (Novo): 5%
- Indecisos: 9%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 14%
Cenário 4
- Ricardo Nunes (MDB): 26%
- Guilherme Boulos (PSOL): 23%
- Pablo Marçal (PRTB): 15%
- Tabata Amaral (PSB): 8%
- Marina Helena (Novo): 6%
- Indecisos: 9%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 13%
Cenário 5
- Ricardo Nunes (MDB): 33%
- Guilherme Boulos (PSOL): 24%
- Tabata Amaral (PSB): 9%
- Marina Helena (Novo): 8%
- Indecisos: 9%
- Branco/Nulo/Não vai votar: 17%
Definição do voto
Segundo a Quaest, os eleitores de SP ainda indicam boa margem para mudanças na definição do seu candidato até a eleição. Ao todo, só 42% apontam terem tomado uma decisão definitiva sobre o candidato. Outros 56% dizem que estão abertos para mudar de voto caso algo aconteça neste período.
Nesse quesito, segundo a Quaest, quem tem vantagem é Boulos, que reúne o maior volume de eleitores decididos. Ao todo, 52% dos que afirmam que vão votar no pessolista indicam que essa é a decisão final. Outros 48% apontam que poderiam mudar de voto caso algo acontecesse.
Para Nunes os percentuais, praticamente, se invertem: são 48% de votos definidos e 51% que indicam margem para mudança.
Dos três líderes na disputa, Datena é quem tem o pior desempenho: 70% dos eleitores do apresentador dizem que podem mudar de voto. Só 29% marcam decisão definitiva.
Marçal e Tabata, por fim, também reúnem percentuais maiores de indicações de votos não definitivos. São 57% para o coach e 67% para a deputada.
Rejeição
A rejeição aos candidatos também foi monitorada pela pesquisa. Dos três principais candidatos, novamente, Datena é quem se sai pior. O apresentador tem a maior rejeição dos citados pela pesquisa, com 48% de indicações de ‘conhece e não votaria’. Boulos, nesse quesito, soma 40% e Nunes e 36%.
Segundo turno
Por fim, a Quaest montou quatro cenários de segundo turno na cidade. No principal, Nunes venceria Boulos por 45% a 32%. O prefeito também venceria Marçal (46% a 22%) e Tabata (47% a 26%). O último confronto sondado é entre Boulos e Marçal. O deputado, nesse caso, sairia vitorioso com 37% dos votos, ante 33% do coach.
A pesquisa tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais, nível de confiança de 95%. Ao todo, a Quaest ouviu, a pedido da consultoria de investimentos Genial, 1.002 eleitores da cidade de São Paulo entre os dias 25 e 28 de julho.