Em entrevista ao programa Café PT, da TvPT, o prresidente da Conab fez um balanço das ações da Conab, a começar pelo investimento de R$ 594 bilhões no maior Plano Safra da história

“A Conab voltou a ser um dos grandes instrumentos do governo federal para acabar com a fome outra vez e o Brasil terá a maior safra de grãos da sua história, uma super safra que ajuda a garantir a soberania alimentar nutricional não só do Brasil, mas do mundo. Em breve vamos escutar o presidente Lula anunciando outra vez que o Brasil erradicou a fome”, afirmou nesta quarta-feira (16) o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

Em entrevista ao programa Café PT, da TvPT, ele fez um balanço das ações da Conab, a começar pelo investimento de R$ 594 bilhões no maior Plano Safra da história, em contraponto ao desmonte do governo anterior, que se empenhava na extinção da companhia. Nunca o Brasil colheu uma safra dessa magnitude, uma previsão de 330 milhões de toneladas, 10,9 % a mais do que a safra do ano passado”, sublinhou. O percentual equivale a 32,5 milhões de toneladas de grãos a mais na safra 2025, com área cultivada de 81,7 milhões de hectares, um aumento de 2,2% se comparado com 2024.

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“A Conab está retomando seu potencial extraordinário. A força do homem e da mulher do campo junto com a mão amiga do governo do presidente Lula estão operacionalizando o Plano Safra recorde”, assinalou Pretto, ao destacar a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, extinto por Bolsonaro.

Para se ter dimensão da magnitude desses números, Pretto lembrou que em 2015 o Brasil comemorou 200 milhões de toneladas de grãos, resultado de um conjunto de ações dos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma, com crédito em abundância, juros subsidiados e o programa Mais Alimento que ajudou a renovar a frota agrícola brasileira com juros de 2% ao ano.

“Tudo isso fez o agronegócio brasileiro ter essa dimensão extraordinária obviamente com a força do homem e da mulher do campo. Temos um povo trabalhador, uma estrutura agrícola excepcional, um solo fértil onde tudo que se planta dá, obviamente tendo que conviver com as mudanças climáticas”, asseverou.

Produzir alimentos voltou a ser um bom negócio

Com a devastação brutal do governo Bolsonaro, Pretto lembra que o agricultor familiar fazia as contas e percebia que produzir alimento não era mais viável economicamente. Retomadas, todas as políticas do terceiro governo do presidente Lula fizeram com que o agricultor percebesse que produzir alimentos no Brasil novamente voltou a ser um bom negócio.

Segundo Pretto, todas as compras públicas que o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, os hospitais universitários, as universidades, os institutos federais que compram comida com recursos do governo federal agora têm a recomendação ou tem a norma de que, no mínimo 30%, tem que ser comprado da cultura familiar. “E quem quiser plantar arroz e feijão o juro agora é 3% ao ano e se produzir de uma forma agroecológica, o juro é 2% ao ano. Esse é o governo do presidente Lula”, salientou.

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A lavoura de arroz aumentou em mais de 7% ano passado, quando o Brasil colheu 10,5 milhões de toneladas e esse ano vai ser mais de 12 milhões, aumento de mais de 14%. O feijão terá 2% maior, sendo que desde a volta do presidente Lula o aumento é de 9%.

A maior oferta de produtos no mercado favorece o consumidor pagar um preço justo, a formação de estoques da Conab e a garantia a soberania alimentar nutricional. Além disso, permitem à Conab comprar do agricultor quando preço está baixo, fazer estoques e jogar no mercado quando o preço subir.

PAA revigorado

A Conab tinha 91 armazéns no governo passado, que fechou 27 e não fez investimentos. “Encontramos estoques completamente zerados, o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) tinha sido extinto.

“Quando Lula chegou havia um orçamento de R$ 2,6 milhões. Ele recriou o PAA com R$ 500 milhões”, assinalou, ao lembrar que Lula herdou o país com 33 milhões de pessoas passando fome mas 24 milhões já saíram dessa situação em menos de dois anos de governo.

“Começamos o PAA pela Conab com R$ 250 milhões, fomos mobilizando recursos no governo federal contando com a sensibilidade do presidente Lula e chegamos a operacionalizar R$1 bilhão. Fizemos uma chamada de R$ 1,1 e já operacionalizamos R$ 1,4 bilhão”, comemorou.

80% de mulheres no PAA

Sobre a oferta de comida para o PAA, Pretto explicou que se não tiver 50% de participação das mulheres o sistema da Conab nem analisa. Na chamada de 2023 houve 73% de participação das mulheres. “Um número extraordinário e agora tivemos 80%. Mulheres agricultoras do Brasil, vocês são gigantes, vocês estão ajudando o presidente Lula acabar com a fome do nosso país. Isso é extraordinário”, comemorou.

A demanda atual foi de R$ 1,8 bilhões para mais de 380 tipos de alimentos, envolvendo 2.115 municípios com 237 mil toneladas de alimentos ofertadas, 5.752 cooperativas e associações, sendo 80% mulheres. 23% são de povos de comunidades tradicionais entre eles indígenas, quilombolas, extrativistas e pescadores.

“Mais de 5.200 unidades vão receber esses alimentos. Esse é o sucesso absoluto de um programa que tem a cara do presidente Lula que criou o PAA lá em 2003. Depois do golpe na presidenta Dilma, acabaram com o PAA; o presidente Lula voltou, recriou o PAA e vamos erradicar a fome. É inexplicável convivermos com a dor da fome”, assinalou.

Visita ao supermercado

Edegar Pretto contou que costuma ir ao supermercado e conversar com as pessoas. “Vi recentemente 5 kg de arroz por R$ 19,80, o feijão caiu quase 40%, o tomate, batata e hortifrútis estão baixando de preço. Estamos trabalhando para que os preços sejam mais justos”, destacou, ao relatar que o presidente Lula determinou a criação de um comitê permanente gerenciado pelo Ministério da Fazenda para avaliação do mercado agrícola mundial.

A Conab fornece informações sobre os produtos que mais impactam na cesta básica, que contribuem para a inflação dos alimentos, para “fazer estudos levando em conta toda essa complexidade, para que o governo do presidente Lula possa tomar as medidas assertivas”, ressaltou.

“Estamos comprando comida boa da agricultura familiar, pagando um preço justo e ajudando o agricultor a se viabilizar economicamente, produzindo alimentos e garantindo que vamos acabar com a fome outra vez”, ressaltou.

PTNacional

 

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Last Update: 19/04/2025