Empreendedor, na hora de decidir por uma parceria, é preciso analisar a clareza do modelo de negócios e a capacidade de absorver ou delegar demandas.

O primeiro passo é identificar a falta de tecnologia ou expertise para executar seus processos internamente. Em seguida, buscar uma empresa que complemente suas soluções pode ser estratégico.

A decisão deve considerar como a parceria fortalecerá os pontos fortes de cada parte e garantirá valor ao cliente.

Alinhamento técnico e de propósito

Além das competências técnicas, é importante que haja sinergia de visão e propósito.

Parcerias de sucesso ocorrem quando cada parte assume um papel específico na cadeia de valor. Isso permite que ambos entreguem excelência em suas áreas, criando soluções integradas e inovadoras.

Um exemplo é a parceria entre a Hub4Pay, especializada em pagamentos de campanhas de incentivo, e a Peoplefy, focada em gamificação e engajamento de equipes.

“Unimos tecnologia e criatividade para transformar estratégias de incentivo em resultados impactantes”, afirma Daniel Moreira, CEO da Hub4Pay.

Foco em parcerias duradouras

No setor imobiliário, a escolha de parceiros é ainda mais relevante devido aos altos investimentos e prazos longos.

A fintech Versi, especializada em funding para incorporadoras, já investiu R$ 200 milhões em mais de 60 projetos no Brasil. Para garantir confiabilidade, a empresa avalia critérios como os “5Cs do crédito”: Caráter, Capacidade, Capital, Colateral e Condições.

“Conhecemos a história da incorporadora, dos sócios e da equipe. Avaliamos o histórico de entregas e o potencial de crescimento”, explica Gisele Schafhauser, CFO da Versi.

A fintech também utiliza ferramentas como o UNI, que monitora projetos, e o VADU, que automatiza consultas de certidões e processos.

Cultura e valores em comum

Para Schafhauser, a proximidade com os parceiros é essencial. “Convidamos novos parceiros para tocar um sino no escritório, simbolizando a conquista da parceria. Isso fortalece a relação e cria uma comunidade de troca de práticas”, destaca.

Atenção às práticas ESG

O mercado está cada vez mais atento a questões ambientais, sociais e de governança (ESG).

Parcerias com empresas envolvidas em práticas antiéticas podem gerar riscos compartilhados.

“Uma empresa pode ser responsabilizada legalmente se seu parceiro tiver histórico de trabalho análogo à escravidão ou impactos ambientais negativos”, alerta Eliezer Leal, cofundador da Singuê.

Leal recomenda auditorias frequentes e critérios rigorosos na escolha de parceiros. “As empresas devem enxergar parcerias como uma extensão de sua própria atuação”, completa.

Proximidade e aderência em serviços de saúde

No setor de saúde e bem-estar, a escolha de fornecedores deve considerar proximidade e apoio no engajamento.

“A capacidade de resolver problemas rapidamente é crucial para construir uma relação de confiança”, afirma Bruno Rodrigues, CEO da GoGood, HRtech especializada em bem-estar corporativo.

Rodrigues também destaca a importância de soluções que atendam a 100% dos funcionários. “Parceiros comerciais devem apoiar o RH no engajamento e no retorno sobre o investimento”, diz.

Transparência e análise estratégica

Plataformas como a Vitrine Sebrae Startups facilitam a busca por informações detalhadas sobre startups, incluindo soluções e modelos de negócios.

“A plataforma permite conexões diretas com negócios de segmentos específicos”, explica Alexandre Souza, gerente de inovação do Sebrae SC.

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Last Update: 20/02/2025