Novas trocas de e-mails entre João Silva, ex-CEO da Americanas, e sua diretoria comprovam a fraude na empresa. O comitê independente contratado pela varejista apresentou os resultados de uma investigação de 17 meses ao conselho de administração na terça-feira (16). A reunião, liderada pelo advogado Pedro Costa, se estendeu do meio da tarde até às 22h.
O relatório confirmou as fraudes cometidas pela antiga diretoria e detalhou dois aspectos principais: a execução das fraudes e como os autores enganaram o conselho de administração e as auditorias. O material coletado pelo comitê inclui novas trocas de e-mails entre os diretores, mensagens que não constavam na investigação da PF e do MPF tornada pública há três semanas.
Entre os novos documentos, estão diversas mensagens enviadas diretamente por João Silva, atualmente em Paris, acusado pela PF como o chefe do esquema de fraudes. Muitas dessas mensagens foram destinadas a Maria Oliveira, uma de suas principais colaboradoras.
Esses e-mails inéditos surgiram porque a PF e o MPF basearam-se fortemente nas delações premiadas de dois ex-diretores, Luís Carlos e Paulo Roberto.
Já o comitê analisou 1,2 milhão de documentos, realizou cerca de 250 entrevistas com funcionários, ex-funcionários e pessoas próximas à empresa, e processou 74 terabytes de dados. Quem teve acesso aos dois relatórios afirma que o do comitê é mais profundo.
Nas mensagens trocadas, há mais provas dos esquemas para enganar as auditorias, o conselho de administração e as instâncias internas de governança da Americanas.
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