Novos ataques israelenses mataram dezenas de pessoas em Gaza na terça-feira (16). As ações ocorreram após críticas dos EUA sobre o alto número de vítimas civis na guerra contra o Hamas. Autoridades locais relatam que 48 pessoas morreram.
Os ataques atingiram um posto de gasolina em Al Mawasi, uma escola da ONU no campo de refugiados de Nuseirat e uma rotatória em Beit Lahia. As informações foram divulgadas pela Defesa Civil da Faixa de Gaza, órgão vinculado ao Hamas.
Um ataque aéreo israelense atingiu uma casa no campo de refugiados de Nuseirat ???????????? pic.twitter.com/m0UIpdRCEm
— Aafiyah J ???? (@AafiyahJ) July 17, 2024
#UpdatePalestina#Isrsel realizou 3 ataques contra civis em Gaza em menos de 1 hora.
○ 15 mortos em uma escola da UNRWA em Nuseirat, Gaza.
○ 4 mortos em Beit Lahia, Gaza Norte.
○ 13 mortos em uma rua em Khan Yunis Sul, Gaza. pic.twitter.com/yzsuWT2tbJ— Lutfi Awaludin Basori ???? (@Prolink_85) July 16, 2024
IDF bombardeou uma mesquita esta noite
Abdullah Azzam ao norte do campo de refugiados de Nuseirat. pic.twitter.com/cbpNTEvfXc— Horizon News (@Horizonnews07) July 17, 2024
O Exército israelense se defendeu afirmando ter bombardeado “terroristas ativos em uma escola da UNRWA” e “um chefe” da Jihad Islâmica. As forças de defesa também acrescentaram que o Hamas “se aproveita das estruturas civis e da população como escudo humano”.
Vale ressaltar, no entanto, que nos últimos dez dias, sete escolas foram atacadas pelas forças israelenses, muitas delas administradas pela UNRWA.
EUA critica ações
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, criticou o número de vítimas civis, dizendo que “ainda é inaceitavelmente elevado”. A guerra, iniciada em 7 de outubro de 2023, continua sem sinais de trégua, apesar dos esforços de mediação de países como Catar, Egito e Estados Unidos.
Um líder do Hamas anunciou a suspensão das negociações de paz, denunciando os “massacres” cometidos por Israel. No entanto, afirmou estar disposto a retomar as conversas se o governo israelense demonstrar seriedade para concluir um acordo.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, por sua vez, defendeu a intensificação da pressão sobre o Hamas, afirmando que “é o momento exato de aumentar ainda mais a pressão” durante uma cerimônia oficial em Jerusalém.
Atual situação
A guerra forçou 90% dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza a abandonarem suas casas. A escassez de mantimentos, água, remédios e eletricidade agrava a crise humanitária na região. A situação é alarmante, com estações de bombeamento de esgoto parando de operar devido à falta de combustível, o que pode causar uma “catástrofe sanitária e ambiental”.
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