Após a morte do papa Francisco nesta segunda (21), a Igreja Católica iniciou a organização para o processo de eleição de seu sucessor. O ritual do conclave será iniciado oficialmente entre o 15º e 20º dia após o falecimento do pontífice e a decisão cabe ao Colégio Cardinalício, composto por cardeais de todo o mundo.
Entre os possíveis sucessores há brasileiros. Embora estejam entre os cotados, as chances de o novo Santo Padre vir do país ou da América Latina são consideradas remotas na Igreja Católica. Há cardeais de perfis progressistas, conservadores e até um “bergogliano”, considerado alinhado às ideias de Francisco.
Anunciado pelo papa como cardeal da Igreja Católica em maio de 2022, o brasileiro Leonardo Ulrich Steiner é um dos seus possíveis sucessores. Nascido em Froquilhinha (SC), ele fez sua formação religiosa na Ordem dos Frades Menores em 1976, quando tinha 25 anos.
Steiner foi nomeado bispo em 2005 pelo papa João Paulo II e tomou posse como arcebispo de Manaus (AM) em janeiro de 2020. Dois anos depois, tornou-se o primeiro cardeal da Amazônia brasileira. O religioso é bacharel em Filosofia e Pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena, possui licenciatura e doutorado em Filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum de Roma, na Itália.
O cardeal Sérgio da Rocha, também brasileiro, está na lista. Nascido em Dobrada, no interior de São Paulo, ele foi arcebispo em Teresina e em Brasília antes de assumir a arquidiocese de Salvador (BA). O religioso é mestre em Teologia Moral pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção (SP) e doutor pela Academia Alfonsiana da Pontifícia Universidade Lateranense, em Roma.
Foi nomeado membro da Congregação para os Bispos, um dos principais organismos da Cúria Romana, pelo papa Francisco em 2021. Dois anos depois, se tornou integrante do Conselho de Cardeais.
O cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, aparece como favorito para assumir o posto. Ele tem experiência diplomática e já representou a Santa Sé na Nigéria, Venezuela e México, além de atuar em negociações com a China e países do Oriente Médio.
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