Nesta quarta-feira (23), a emissora libanesa Al Mayadeen noticiou, citando como fonte membro do Hamas, que uma delegação do partido viajará em breve para o Cairo para novas discussões sobre um cessar-fogo e troca de prisioneiros.
O ponto central das discussões será a nova proposta feita recentemente pelo Hamas, e delineada por Khalil al-Hayya, líder do partido em Gaza.
Segundo a proposta, o Hamas está pronto para libertar todos os reféns mantidos pela resistência em troca de um número acordado de prisioneiros palestinos atualmente detidos em prisões israelenses, conforme noticiado por Al Mayadeen, no último dia 17. O líder também destacou que um novo acordo deve resultar em um cessar-fogo completo em Gaza, na retirada das forças israelense de ocupação, no fim do bloqueio genocida ao enclave, bem como no início de sua reconstrução.
Frisando que a Resistência rejeita acordos parciais, al-Hayya denunciou a conduta sabotadora de “Israel”: “Netaniahu usa acordos parciais para perseguir uma política de genocídio e fome — mesmo ao custo de abandonar seus próprios reféns”, disse ele. “Não participaremos da viabilização de tal estratégia”.
Na ocasião em que a nova proposta foi apresentada, o líder do Hamas em Gaza destacou também a resistência armada como um direito legítimo: “nossas armas estão ligadas à ocupação. Este é um direito natural do nosso povo , assim como de qualquer população sob ocupação”. Desde então, o Hamas e a Jiade Islâmica retomaram os combates contra os invasores israelenses, ferindo vários e eliminando ao menos um.