Na próxima semana, a campanha de Alexandre Ramagem (PL) realizará uma nova pesquisa interna para avaliar o desempenho do pré-candidato no Rio de Janeiro. O levantamento será feito após dois dias intensos de agenda com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na capital fluminense.
O objetivo da pesquisa é também avaliar o impacto da gravação de uma reunião secreta entre Ramagem e Bolsonaro, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
O áudio, que faz parte da investigação da Polícia Federal (PF) sobre a “Abin Paralela”, revela uma discussão entre o ex-capitão, o então chefe da agência e as advogadas de Flávio Bolsonaro, onde elaboravam um plano para proteger o senador das acusações de rachadinha.
Atualmente, a equipe de marketing da campanha aposta que Ramagem conseguiu fornecer uma explicação plausível para o áudio. Ele destacará que defendeu que as ações contra os fiscais da Receita que investigaram Flávio não deveriam partir do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ou do Ministério da Fazenda.
Além disso, a meta é afastar qualquer impressão de interferência política na reunião. Contudo, o relatório da Polícia Federal evidencia o uso da Abin para investigar autoridades e inimigos políticos durante o governo Bolsonaro.
Pesquisas
Até agora, as pesquisas não têm sido favoráveis a Ramagem e aos bolsonaristas do Rio. Levantamentos encomendados pelo PL nacional indicam que o delegado e ex-chefe da Abin está cerca de 30 pontos atrás de Eduardo Paes (PSD).
A pesquisa Datafolha divulgada em 5 de julho mostra Paes liderando com 53% das intenções de voto, seguido por Tarcísio Motta (PSOL) com 9% e Alexandre Ramagem (PL) com 7%. Os dados revelam também uma alta taxa de desconhecimento do delegado, com poucos eleitores associando-o a Bolsonaro.
