Ninguém quer: Moro tem candidatura barrada pelo PP no Paraná

O senador Sergio Moro. Foto: Divulgação

O diretório do Progressistas (PP) no Paraná decidiu, nesta segunda-feira (8), não homologar a candidatura do senador Sergio Moro para o governo estadual em 2026. A decisão, tomada de forma unânime, gerou um impasse com o União Brasil, partido do ex-juiz da Lava Jato.

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), afirmou que não interferirá na decisão tomada pelo diretório paranaense. A deliberação é um reflexo das divergências internas, principalmente após meses de tentativas frustradas de diálogo entre as duas siglas.

O PP, no Paraná, integra a base do governador Ratinho Junior (PSD), que deve lançar um nome próprio para a disputa ao governo estadual no ano que vem. O PSD já tem uma lista de filiados interessados no cargo, com nomes como os secretários estaduais Guto Silva e Rafael Greca, o vice-governador Darci Piana e o deputado estadual Alexandre Curi.

A decisão sobre o candidato será tomada por Ratinho, que vê Moro como um obstáculo político para a disputa de 2026. Ricardo Barros, deputado federal do PP, explicou que, apesar das expectativas, o entendimento com o União Brasil não aconteceu ao longo dos sete meses desde o anúncio da federação entre os dois partidos.

“Ele [Moro] teve oportunidade de conversar com todos e não conseguiu adesão aqui nas fileiras do Progressistas. É o resultado de meses de diálogo. Mas infelizmente o diálogo não prosperou”, disse Barros, reforçando a posição do PP no Paraná.

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira. Foto: Divulgação

No contexto da federação União Progressista, que foi formalmente solicitada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Barros afirmou que, para a federação registrar a chapa majoritária, seria necessário o consenso entre os líderes das duas siglas.

No entanto, o PP não concorda com a inclusão do senador lavajatista, e, de acordo com Barros, o senador terá que procurar outra legenda caso decida seguir com seus planos de candidatura ao Palácio Iguaçu.

“Ele vai procurar um partido que lhe garanta a legenda”, afirmou o deputado. Ciro, por sua vez, disse que respeitará a decisão local e reiterou sua admiração por Moro, apesar das dificuldades dentro da federação.

A situação coloca a federação em uma posição delicada, e o presidente do PP minimizou as possíveis consequências negativas, afirmando que a relação com o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, é boa. “Vamos ter que enfrentar isso com muito diálogo, colocando os interesses nacionais acima de qualquer coisa”, afirmou.

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