
O deputado federal bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) foi alvo de críticas nas redes sociais após votações recentes no Congresso Nacional. A confusão aconteceu por conta de dois vetos presidenciais distintos analisados na mesma sessão, mas que tratavam de temas completamente diferentes: um sobre energia offshore e outro sobre indenização a vítimas do vírus da zika.
O primeiro veto, relacionado à energia offshore (energia eólica gerada no mar), havia sido imposto pelo presidente Lula para barrar trechos que, segundo especialistas, poderiam aumentar a conta de luz dos brasileiros.
A Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) e a Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) alertaram que a derrubada desse veto poderia resultar em um custo adicional de até R$ 197 bilhões até 2050, com impacto de até 9% nas tarifas.
Nesse caso, Nikolas votou a favor da manutenção do veto — ou seja, alinhado com o governo e contra o aumento das contas de energia.
Já o segundo veto analisado na sessão dizia respeito ao projeto que previa uma indenização única de R$ 50 mil e uma pensão vitalícia de R$ 7.786,02 para crianças com deficiência decorrente da Síndrome Congênita do Zika Vírus.
Lula havia vetado esse projeto, alegando impacto orçamentário. Nikolas, neste caso, votou para derrubar o veto — ou seja, foi favorável ao pagamento do benefício às famílias afetadas.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o bolsonarista negou as acusações e reafirmou seu voto. “Claro que eu não votei para poder aumentar sua conta de luz. Qual prova tem disso? Nenhuma, porque eu fiz exatamente o contrário. Eu fui a favor do veto do Lula, tem várias provas aí”, afirmou.
O deputado já havia se manifestado sobre o tema e afirmou que votou contra a derrubada do veto da energia eólica e que o erro decorreu da confusão com o voto sobre a questão do Zika vírus.
Cuidado com o que te contam. pic.twitter.com/drT5bASoPn
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) June 19, 2025