
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sugeriu que vai tentar assassinar o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, e afirmou que sua morte “acabaria com o conflito”. O premiê alega que o governo do país persa quer uma “guerra eterna”.
“Isso não vai escalar o conflito, vai acabar com o conflito. Tivemos meio século de guerras espalhadas por este regime que aterroriza todos no Oriente Médio”, disse Netanyahu à emissora americana ABC News nesta segunda (16).
Segundo a agência de notícias Reuters, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já vetou um plano israelense para matar Khamenei. Altos funcionários da Casa Branca relataram que o republicano teme justamente uma escalada do conflito com o assassinato.
Na entrevista, Netanyahu ainda alega que está “enfrentando forças do mal” e evitando uma guerra nuclear. “Na verdade, o que Israel está fazendo é impedir isso, pôr fim a essa agressão”, prosseguiu.
O premiê pediu apoio dos Estados Unidos para realizar o ataque, alegando que o território americano pode ser alvo de ataques iranianos no futuro. “Hoje é Tel Aviv. Amanhã é Nova York. Olha, eu entendo ‘América Primeiro’. Eu não entendo ‘América Morta’. É isso que essas pessoas querem. Elas gritam ‘Morte à América’. Então, estamos fazendo algo a serviço da humanidade”, prosseguiu.

O conflito entre Israel e Irã começou na sexta (13), com um ataque surpresa que matou parte da cúpula militar de Teerã e danificou instalações nucleares do país, que respondeu com mísseis que atingiram Tel Aviv e instalações de petróleo.
Até esta segunda, 224 morreram no Irã e 22 em Israel, segundo autoridades dos países. A ofensiva de Netanyahu deve se intensificar nos próximos dias e o premiê já adiantou que os próximos ataques devem mirar cientistas nucleares.
Um ataque israelense nesta sexta contra o Irã danificou o prédio da IRIB, TV estatal local, que precisou sair do ar durante horas.