No dia 20 de agosto, o governo de Israel voltou a convocar 15 mil cidadãos que eram anteriormente considerados isentos para servirem de reserva no exército. Esse fato, por si só, vale mais que qualquer propaganda mentirosa dos jornais sionistas, e revela a entidade sionista com as suas capacidades militares.
Os novos convocados são pessoas com menos de 35 anos que já haviam completado o serviço militar obrigatório, mas que receberam isenção de serviço adicional nas reservas. Eles serão convocados para o serviço de reserva em três etapas ao longo do próximo ano.
A medida já era esperada. Em julho, o presidente do Comitê dos Negócios Estrangeiros e de Defesa do parlamento israelense, Yuli Edelstein, anunciou planos para avançar com um projeto de lei que permite o recrutamento de reservistas anteriormente isentos do serviço até os 40 anos de idade. Recentemente, uma lei que isentava jovens ultraortodoxos que estudavam em escolas religiosas do serviço militar foi expirada. Como resultado, alguns milhares dos cerca de 66 mil jovens ultraortodoxos em idade de recrutamento já foram convocados, aumentando ainda mais a crise na base do governo de Benjamin Netaniahu.
A decisão também surge depois que o governo israelense admitiu que mais de 10 mil soldados foram mortos nas batalhas contra o Eixo da Resistência.
Os dados sobre a situação militar apresentam dois aspectos fundamentais da situação atual. Por um lado, mostra a capacidade das forças de resistência de destruir o exército inimigo. Isto é, mostra que, ao contrário do que prega a grande imprensa, é a resistência quem está derrotando Israel. Tal conclusão apenas reforça a necessidade de um amplo movimento de apoio à resistência, para que ela se mantenha no campo de batalha até a vitória.
O segundo aspecto é que, mesmo diante das derrotas militares e mesmo diante do isolamento diplomático, o governo de Israel não pretende chegar a um acordo de cessar-fogo. Netaniahu está “pagando para ver”. A convocação de novos reservistas demonstra que o governo israelense prefere apostar na possibilidade de um colapso social total a discutir um acordo de paz.
Por mais autoritário que seja o governo israelense, essa insistência na guerra jamais aconteceria se ele não estivesse acobertado pelo imperialismo norte-americano. Como disse recentemente o Hamas em comunicado público, os Estados Unidos deu “luz verde” para que Israel continue sua guerra genocida.