A luta da classe trabalhadora brasileira contra a desumana escala 6×1 foi um dos pontos mais importantes em 2024. O tema agora volta a tona na 1ª Plenária Nacional pelo Fim da Escala 6×1 e pela Redução da Jornada de Trabalho.
O encontro será realizado às 9h, no sábado (25), em formato híbrido. Presencialmente, os interessados poderão participar na Sede da CSP-Conlutas, em São Paulo (Rua Senador Feijó, 191, Sé).
Para aqueles que não estão na capital paulista, mas desejam participar da atividade, é possível realizar o cadastro para a participação virtual através do link: https://forms.gle/6CeAGgfA1K8nu7gX9.
“A crise da sociedade capitalista se aprofunda a cada ano, recaindo nas costas da classe trabalhadora, com a degradação das condições de vida e trabalho. A superexploração atinge níveis desumanos e os governos dos patrões aplicam ajustes fiscais e econômicos”, afirma o manifesto que convoca para a atividade.
“A luta pelo fim da 6×1 e pela redução da jornada sem redução salarial deverá ser feita com a mais ampla unidade entre todos que se opõe a essa escala de trabalho desumana! Por isso, convocamos a se somar nessa plenária no dia 25/01”, conclui o texto.
A atividade será organizada pelas seguintes entidades: Corrente Socialista de Trabalhadoras e Trabalhadores – CST, CSP-Conlutas, Juventude Rebeldia, Juventude Vamos à Luta, Movimento Revolucionário dos Trabalhadores – MRT, Organização Comunista, Iternacionalista – OCI, Partido Comunista Brasileiro Revolucionário – PCBR, Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU, Revolução Socialista – RS/PSOL, União da Juventude Comunista – UJC.
Porto Alegre
Em Porto Alegre, haverá uma assembleia para discutir o fim da escala 6×1 e organizar os trabalhadores. Ela ocorrerá na quinta-feira (23), às 18h, no Largo Glênio Peres (em frente ao Mercado Público).
Debate importante
A possibilidade de abolir a escala de trabalho 6×1 levou milhares de trabalhadores às ruas, em 2024, e também provocou a reação imediata de empresários e políticos reacionários.
Além da nítida demanda represada, o fim do regime com 6 dias trabalhados e apenas um de folga, é, praticamente, um grito de socorro da classe trabalhadora brasileira que sofre de exaustão e está à beira de um colapso de saúde, em razão da superexploração.
Somente em 2022, segundo dados do INSS, quase 210 mil pessoas foram afastadas do trabalho devido a transtornos mentais no Brasil.
É uma realidade que afeta, sobretudo, a juventude trabalhadora, relegada cada vez mais aos trabalhos mais precários. De acordo com o INSS, a cada 10 jovens entre 15 e 29 anos, 8 apresentaram algum transtorno de saúde mental em 2022.
Este número é o resultado da pressão constante sem descanso e a ausência de um tempo livre para se dedicar às atividades que geram descanso e lazer.
Hora de retomar a luta!
Com a entrada em 2025, a CSP-Conlutas defende a retomada da discussão sobre a redução da jornada de trabalho, que é uma demanda histórica da classe trabalhadora.
E não poderia ser diferente. Afinal, é apenas no tempo livre que os seres humanos têm o direito a crescerem como indivíduos, ao estudo, ao lazer, à família e ao pensamento crítico.
Para além do caminho através da via parlamentar, como a PEC dobre o tema, é fundamental ganhar a consciência dos trabalhadores, principalmente os precarizados.
Vamos à luta, por dignidade e uma vida além do trabalho!
