Neoliberalismo faz dengue continuar contaminando paulistanos

A cidade de São Paulo registra 43.513 casos de dengue até 9 de maio de 2025, um aumento de 11,2% em relação ao boletim de 30 de abril, que apontava 39.107 casos, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. O crescimento foi maior nas zonas norte e leste, com 39 dos 96 distritos em epidemia, incluindo Jardim Ângela (3.550 casos), Capão Redondo (2.399) e Brasilândia (2.065). Dez mortes por complicações da doença foram confirmadas. A Organização Mundial da Saúde considera epidemia quando a incidência ultrapassa 300 casos por 100 mil habitantes, critério atingido em várias regiões da capital.

Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue possui quatro sorotipos (1, 2, 3 e 4), e a infecção por um deles não garante imunidade contra os outros. Distritos como Cidade Tiradentes, São Mateus, Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Butantã, Raposo Tavares, Jabaquara e Campo Limpo estão entre os mais afetados.

Dados do Instituto Butantan, divulgados em abril de 2025, apontam que o sorotipo 2 predomina na capital, responsável por 60% dos casos. A prefeitura intensificou ações de combate ao mosquito, com nebulizações e visitas a residências, mas os números seguem subindo.

Embora o Brasil esteja fora do verão, período típico de alta da dengue, os casos não diminuem. Isso ocorre devido à destruição da infraestrutura urbana e sanitária de São Paulo, resultado de décadas de políticas neoliberais que desmantelaram serviços públicos de saneamento, coleta de lixo e manutenção de áreas verdes, criando condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti.

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