O número de vítimas fatais das fortes chuvas que castigam o Rio Grande do Sul subiu para quatro, conforme confirmado pela Defesa Civil neste domingo (22). Mais de uma centena de municípios, um total de 127, foram atingidos pela força das águas, deixando quase 5.858 pessoas desabrigadas e um desaparecido. Cidades como Jaguari decretaram calamidade pública, e outras 21 se encontram em estado de emergência devido à cheia dos rios.

A reabertura de abrigos na semana passada, pouco mais de um ano após a devastadora enchente de maio de 2024, revela um padrão de descaso criminoso. O último grande centro de acolhimento ligado à tragédia do ano passado só foi formalmente desativado pelo governo estadual no último 30 de maio, um espaço de nove mil metros quadrados que operava na zona norte da capital, Porto Alegre.

A repetição dessas tragédias, com mortes e destruição a cada período de chuvas mais intensas, não é um acidente. É a consequência direta de governos que sucateiam o Estado, cortando investimentos em obras de prevenção, manutenção de bueiros, desassoreamento de rios e construção de moradias seguras para a população mais vulnerável.

Dessa forma, os óbitos não são meras fatalidades atribuídas a “fenômenos naturais” ou “mudanças climáticas”, mas sim o resultado criminoso da política neoliberal implementada pelo governador Eduardo Leite (PSD) e pelos prefeitos gaúchos. A escolha por desmantelar os serviços públicos e desviar recursos para o grande capital, em vez de investir em infraestrutura essencial, é a verdadeira causa das mortes recorrentes e das catástrofes que assolam a população gaúcha.

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Last Update: 24/06/2025