Pretos, pardos e índios compõem a maioria dos óbitos de pessoas não identificadas em várias capitais brasileiras, nos casos em que há registro racial, segundo o livro Mortos Desconhecidos, do delegado e doutor em direito Everson Contelli.

A pesquisa revela disparidades como em Brasília, onde esses grupos somam mais de 80% dos casos registrados, apesar de representarem cerca de 60% da população local. Em São Paulo e Rio de Janeiro, as taxas são, respectivamente, 53,2% e 82%, ambas superiores à proporção desses grupos nas populações das cidades.

Fenômeno semelhante ocorre em Fortaleza, onde 71,6% dos mortos sem identificação com raça registrada eram negros ou índios, acima dos 67% que representam na população local. Contelli lidera o projeto Humanidade 21, da Polícia Civil de SP, que busca identificar pessoas enterradas como anônimas usando tecnologia avançada e ajudando famílias a localizar parentes desaparecidos.

O quadro mostra a realidade dos negros trabalhadores da cidade e do campo, são a camada mais esmagada da população brasileira.

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Last Update: 07/01/2025