Mais de 200 pessoas foram infectadas por sarampo nos estados do Texas e Novo México, nos Estados Unidos. Duas mortes, de pessoas não vacinadas, foram confirmadas.
São as primeiras mortes registradas o país desde 2015, fato que obrigou a agência de saúde norte-americana a emitir uma advertência de viagem, a fim de preservar pessoas que tenham de visitar os estados.
O Centro de Prevenção e Controle de Doenças já alertou que a doença está se expandindo rapidamente e pode crescer ainda mais tendo em vista a chegada da primavera no hemisfério norte, o que impulsiona viagens por todo o país.
Ainda que haja vacina contra o sarampo, que garante imunidade de até 97% para aqueles que tomaram as duas doses, as taxas de imunização nos Estados Unidos caíram desde a pandemia de Covid-19, quando negacionistas propagaram informações falsas sobre vacinas.
Cresceram, ainda, o número de médicos que compartilharam protocolos falsos sobre prevenção de sarampo, entre eles o uso de vitamina A, que não protege crianças contra a doença.
Um dos defensores do protocolo é Robert Kennedy Jr., líder do grupo anti-vacina Children’s Health Defense, atualmente uma das principais autoridades de saúde do governo de Donald Trump.
Há 10 anos, o grupo compartilha um artigo contrário à imunização e chegou a abrir processos em tribunais estaduais e federais para contestar vacinas comuns. Já Kennedy reitera que a “vacinação é uma escolha pessoal”.
Vale lembrar que o Texas é um estado tradicionalmente republicano, que foi governado por quatro dos cinco últimos governadores e um governador sem afiliação política.
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