No último dia 2 de junho, enquanto acontecia a segunda rodada de negociações entre Rússia e Ucrânia na busca de uma solução temporária (cessar-fogo) ou mesmo definitiva para o conflito militar entre os dois países, o governo do presidente Vladimir Putin anunciou que estaria devolvendo os corpos congelados de 6 mil soldados ucranianos mortos em combate.
O gesto humanitário do Crêmlin não foi acompanhado de nenhuma exigência – como contrapartida – ao regime “liderado” pelo impostor Zelensqui, presidente ilegítimo da Ucrânia.
Como que para celebrar a boa-fé do governo russo, a ditadura ucraniana empreendeu, na sequência, um ataque militar (dia 1º) realizado com drones contra instalações militares que atingiu parte da defesa aérea estratégica russa, destruindo também uma ponte, o que deixou mais de uma dezena de civis mortos.
Ato contínuo, a ação humanitária do governo russo foi recebido, pelo governo ucraniano, com um singular desprezo. Chefe da delegação russa nas negociações ocorridas na Turquia, Vladimir Medinsky declarou que o regime de Zelesqui rejeitou a devolução dos corpos fornecendo “razões estranhas”. Além dos corpos, o governo ucraniano foi informado que seguiu uma lista com 640 prisioneiros gravemente feridos para que eles possam ser trocados por prisioneiros russos que estão sob a custódia do exército do país vizinho.
O negociador do Crêmlin anunciou que o primeiro lote de corpos congelados (1212) já se encontra na fronteira aguardando a chegada das equipes ucranianas para levá-los de volta. “O restante dos corpos está a caminho”, informou uma autoridade russa envolvida na operação. Uma das decisões acordadas na segunda rodada de negociações prevê ainda a troca de 1.200 prisioneiros de cada lado.
“Pedimos a Quieve que cumpra estritamente o cronograma e todos os acordos que foram alcançados, e inicie imediatamente a troca para que os feridos possam voltar para casa e os mortos recebam um enterro adequado”, insistiu Medinsky.
O que se pode depreender do lado ucraniano, após mais de três anos do início da operação militar especial da Rússia em defesa de suas fronteiras contra a agressão imperialista, é que o regime direitista ucraniano – obediente aos ditames e interesses do imperialismo – não somente não deseja o fim do conflito militar. Zelensqui e seus asseclas atuam abertamente para continuar expondo ao sofrimento o seu próprio povo, os jovens ucranianos que estão submetidos às enormes pressões que lhe são impostas pelo recrutamento forçado, obrigados a abandonar suas famílias, trabalho e estudos, incluindo aí idosos e até mesmo mutilados, forçados a ir para a frente de batalha sem as mínimas condições de treinamento e técnicas de combate para enfrentar o superior e bem preparado exército russo.
No que diz respeito diretamente à recusa dos corpos de milhares de soldados que estão sendo devolvidos por Moscou, trata-se de uma conduta (por parte do governo direitista ucraniano) profundamente desumana diante do sofrimento das famílias que, obviamente, desejam ter de volta os corpos de seus entes para um sepultamento digno.
A postura do regime ucraniano diante de tal fato é reveladora do caráter submisso da ditadura aos desígnios do imperialismo criminoso e assassino, que leva adiante uma guerra (perdida, a bem da verdade) unicamente para ver atendido os seus interesses de rapina contra os povos da região, em especial a Rússia.