Uma jovem de 15 anos foi assassinada a tiros no domingo (14) no município de Monteiro, na Paraíba. O autor do crime, um homem de 56 anos, mantinha um relacionamento com a vítima, segundo a polícia.
Disparos teriam sido feitos após discussão entre os dois. O crime ocorreu na casa do suspeito, localizada no Loteamento Apolônio, no bairro de Bernardino Lemos.
A jovem Ana Luiza morreu no local. O agressor, identificado como João Pedro, fugiu após o crime. O caso é tratado como feminicídio.
João Pedro foi detido em uma operação conjunta entre as polícias da Paraíba e de Pernambuco na cidade de Brejo da Madre de Deus. O empresário já foi transferido para a Paraíba.
João Pedro ficou em silêncio durante o depoimento. Ana Luiza e João Pedro moravam juntos há quatro meses. O delegado Paulo Silva explicou que ainda não há informações sobre há quanto tempo eles se relacionavam. A vítima trabalhava na padaria do suspeito havia alguns anos.
Conhecidos e familiares relataram que o empresário era agressivo com a vítima. “Era extremamente ciumento e possessivo com ela. Algumas marcas eram vistas nos braços dela. Mas até então ninguém sabia do que se tratava”, disse o delegado. Apesar dos relatos, não existe registro policial dessas agressões.
Um áudio da vítima circula nas redes sociais. Na gravação, ela diz que já havia sido ameaçada por ele com uma arma. “Ele já tentou fazer muita coisa comigo, né? Tipo, já jogou a pistola na minha cara, estourou a minha cabeça, aí tive que dar ponto na UPA, um monte de coisa. Só que eu nunca tive coragem de denunciar ele. Assim, né, coragem de fazer mal a ele e para os meus pais, entende?”, teria dito a jovem.
Polícia tenta localizar para quem jovem enviou o áudio. “Eu tive acesso e ouvi o áudio, mas ainda não consta no inquérito. Tenho procurado diligenciar no sentido de identificar para quem ela enviou o áudio para que a gente possa formalizar esse elemento de convicção”, explicou o delegado.
Suspeito tem histórico de agressões contra outras mulheres. João Pedro foi condenado em decorrência de violência doméstica contra a própria filha. O delegado também detalhou que, possivelmente, existem medidas protetivas de outras mulheres em desfavor de João Pedro. “Mas são processos que correm em segredo de justiça, nem eu tenho acesso. Não tenho como afirmar”, esclareceu Paulo Silva.
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