O presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou seu homólogo chileno, Gabriel Boric, de organizar “centros de formação” para treinar manifestantes da extrema direita venezuelana, chamados de guarimberos, e de ter o apoio do governo chileno para essas ações terroristas.
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Maduro também acusa o presidente de Chile, Gabriel Boric, de treinar fascistas pinochetistas para realizar ações contra sua tirania na Venezuela.
— UHN Plus (@UHN_Plus) August 5, 2024
Desde a vitória de Maduro, Boric se tornou um dos principais instrumentos do imperialismo para desestabilizar o regime bolivariano e facilitar o golpe de Estado que o governo norte-americano busca realizar no país vizinho.
No mesmo dia 5, Boric recebeu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e declarou que busca “construir uma esquerda e um progressismo democrático que respeite e faça respeitar os direitos humanos em qualquer lugar”, em clara indireta a Maduro, atacado pelo imperialismo como uma ditadura.
Boric e a esquerda pró-imperialista
Embora publicamente alinhado com a extrema direita no esmagamento dos manifestantes chilenos, Boric é um “queridinho” em certos círculos da esquerda pequeno-burguesa brasileira, que tem no presidente um exemplo.
Dois anos e oito meses após a vitória de Boric, as únicas alamedas abertas vistas são as que permitem a passagem segura do imperialismo pelo subcontinente, como se pode ver na expressiva subordinação do mandatário identitário chileno.
Com as eleições gerais marcadas para o ano que vem (2025) e tendo o pinochetismo como seu principal oponente, Boric ainda assim age no sentido de fortalecê-los, tamanho seu capachismo, em uma nítida demonstração de sua total falta de limites para atender os interesses dos norte-americanos.
Aceito no interior do campo por uma parcela acrítica da esquerda, essa autoridade tem caído como uma luva à campanha do governo norte-americano contra o chavismo.