O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou que não permitirá ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) o exercício do mandato de fora do País.
A licença de Eduardo, que vive nos Estados Unidos desde março, acabou em 20 de julho. Ele decidiu não retornar ao Brasil e, por isso, as faltas passaram a ser computadas.
“Iremos tratar todo e qualquer deputado com base no regimento”, afirmou Motta em entrevista ao site Metrópoles nesta quinta-feira 7. “Não há previsibilidade para o mandato a distância. Isso seria uma excepcionalidade, o que não é o caso.”
O regimento da Câmara estabelece que o deputado perderá o mandato se faltar a um terço das sessões no período de um ano.
Além disso, há na mesa de Motta representações contra Eduardo por atentar contra a soberania nacional ao articular sanções do governo Donald Trump.
Aliados do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm, por sua vez, aventado a possibilidade de ele permanecer com o mandato nos Estados Unidos.
“O parlamentar, quando decidiu ir aos Estados Unidos, tinha um objetivo, sabia também daquilo que não seria possível manter quando optou ficar à distância do seu mandato, do estado que representa”, acrescentou Motta. O chefe da Câmara afirmou ainda que, apesar de não concordar com os movimentos do bolsonarista, “respeita o deputado”, por estar no exercício do mandato.